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Venda de água em grande volume pela Corsan levanta questionamentos sobre o abastecimento em São Marcos

Aumento da circulação de caminhões pipa pela cidade chama atenção e gera preocupação com o nível da represa. Entenda sobre essa prática e saiba o que disse a Corsan Nos últimos dias, moradores de São Marcos têm demonstrado crescente preocupação com o intenso fluxo de caminhões saindo da Estação de Tratamento de Água da Corsan.

Atualizado em 07/02/2025 às 17:02, por Equipe SMO.

Venda de água em grande volume pela Corsan levanta questionamentos sobre o abastecimento em São Marcos

Aumento da circulação de caminhões pipa pela cidade chama atenção e gera preocupação com o nível da represa. Entenda sobre essa prática e saiba o que disse a Corsan

Nos últimos dias, moradores de São Marcos têm demonstrado crescente preocupação com o intenso fluxo de caminhões saindo da Estação de Tratamento de Água da Corsan. Em meio à crise de vazamentos frequentes e à polêmica cobrança por média de consumo, outro fato chama a atenção da população: o aumento visível na venda de água em grandes volumes para empresas, especialmente vinícolas da região, que estão em plena safra da uva e produção de sucos, vinhos e espumantes.

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Essa prática, segundo a Corsan, não é novidade. A venda de água para clientes corporativos já ocorria antes mesmo da desestatização da autarquia, que recentemente foi arrematada pela Aegea, empresa do setor privado. No entanto, a percepção dos moradores é de que o volume dessas transações cresceu significativamente, o que tem gerado dúvidas sobre o impacto no abastecimento da cidade e nas reservas dos mananciais locais.

A Corsan garante que o abastecimento da cidade está seguro

Em entrevista ao SMO, a Corsan garantiu que trabalha para que a população não ficará desassistida . Segundo a companhia, dois novos poços serão abertos em breve, e a vazão da extração de água do Rio Ranchinho foi ampliada para atender à demanda crescente. “O abastecimento da cidade está garantido, inclusive durante os períodos de clima quente, quando o consumo tende a aumentar”, afirmou o representante da Corsan.

Apesar dessa garantia, lideranças locais e moradores continuam preocupados, especialmente porque a barragem da cidade apresenta um nível visivelmente mais baixo a cada dia. “É difícil acreditar que não teremos problemas quando a gente vê a barragem assim”, comenta um morador que preferiu não se identificar.

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Como funciona a compra de água em grande volume?

Empresas que desejam adquirir água diretamente da Corsan devem seguir alguns pré-requisitos:

  • Documentação do caminhão que fará o transporte da água;
  • Ausência de dívidas vinculadas ao CNPJ ou CPF do solicitante;
  • Comprovante de pagamento da fatura referente à compra da água.

O cliente deve providenciar o transporte, e a entrega é agendada no momento da solicitação. O custo do serviço pode ser consultado na Unidade de Saneamento mais próxima, sendo que o valor do metro cúbico será cobrado conforme a categoria de uso comercial. As tarifas podem ser verificadas no site oficial da Corsan: https://www.corsan.com.br/sistematarifario.

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Preocupações e o futuro do abastecimento

A principal preocupação dos moradores é que, mesmo com a promessa de novos poços e aumento da vazão do Rio Ranchinho, o nível da barragem continue caindo, o que pode comprometer o abastecimento em períodos críticos, como o verão. Além disso, muitos questionam se a privatização da Corsan pode ter ampliado o foco em lucros, priorizando a venda para grandes empresas em detrimento da segurança hídrica da população.

A Corsan, por sua vez, reforça que o planejamento hídrico está sendo acompanhado de perto e que todas as medidas necessárias para garantir o abastecimento da cidade estão sendo tomadas. “Nosso compromisso é com a segurança hídrica da população. As vendas para empresas seguem normas rígidas e não impactarão o consumo residencial”, reiterou a companhia.

Ainda assim, o cenário segue sendo observado com cautela por moradores e autoridades locais, que esperam que o equilíbrio entre o abastecimento da população e o atendimento ao setor produtivo seja mantido.