Um mês após a tempestade, São Marcos segue entre avanços e desafios sociais
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Casas e escolas com lonas nos telhados, carros amassados e famílias deslocadas de suas casas compõe cenário após 30 dias do granizo
Trinta dias se passaram desde que a tempestade de granizo atingiu São Marcos, entre a noite da sexta-feira dia 17 e madrugada do sábado, 18 de novembro, e a cidade, enquanto busca se reerguer, enfrenta uma complexa realidade de avanços e desafios persistentes.
Naquele fim de semana fatídico, São Marcos foi testemunha de uma tempestade que deixou marcas profundas. Lonas improvisadas sobre os telhados, destelhamentos e deslizamentos, veículos danificados e quedas de árvores foram os cenários desoladores que se desenrolaram naquela noite.
Atuação Imediata: As equipes de resgate, defesa civil e voluntários agiram rapidamente, distribuindo 30 mil metros de lona para 560 famílias afetadas. A cidade contabilizou 16 destelhamentos, 12 quedas de árvores bloqueando vias e 3 quedas de fiação elétrica e duas moradias interditadas. Felizmente, não houve registro de feridos.
Avanços na reconstrução:
Atualização da Assistência Social: Conforme dados coletados com a assessoria de imprensa da prefeitura, a assistência social no município divulgou recentemente que, até agora, 3.300 telhas foram destinadas à reconstrução. Dos 110 casos atendidos, 2.000 telhas foram entregues aos mais urgentes, proporcionando alívio imediato.
Deslizamento no Colina Sorriso: O problema persistente no loteamento Colina Sorriso, onde casas foram interditadas e famílias dependem do aluguel social, destaca uma lacuna significativa. A prefeitura ainda não apresentou um plano claro, evidenciando a complexidade e a urgência da situação.
Cabe apontar que o problema dos deslizamentos na Rua Severino Brochetto, no Loteamento Colina Sorriso é antigo e vem de décadas, em que mais uma vez residentes enfrentaram a urgência de deixar suas casas às pressas devido a um novo deslizamento de terra. Leia reportagem da época evidenciando o caso.
Conforme a prefeitura, são 4 famílias atualmente dependentes do aluguel socia, sendo 3 relacionadas a esse ponto específico de deslizamento de terra. Duas desde a tempestade desse ano e uma desde 2022. Um terceira família utiliza o benefício diante de outra carência. Cabe destacar ainda que há recorrência dessas famílias pelo aluguel social diante da inercia em providencias definitivas.
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Troca de telhado na EMEI Amor Perfeito
A troca do telhado na EMEI Amor Perfeito, enfrentou atrasos devido a danos causados pela chuva. Quatro salas tiveram danos no forro, resultando na suspensão das aulas nesta semana. As aulas devem ser retomadas na quarta-feira (20) após reparos. A Secretaria de Educação se desculpa pelos transtornos, atribuindo a demora à entrega atrasada das telhas: (confiram em reportagem especial que será divulgada em breve no SMO).
Desafios em contraste social
Ao mesmo tempo em que alguns avanços são notáveis, desafios significativos ainda persistem. Famílias invisíveis nos programas sociais e sem seguros de seus imóveis e veículos enfrentam uma jornada árdua, destacando a necessidade de uma abordagem mais inclusiva.
Um mês após e ainda há diversas famílias com suas casas cobertas com lonas cobrindo os telhados esperando por melhores condições financeiras para troca da estrutura, enquanto o clima segue a castigar com chuvas severas.
Paralelo dos 30 dias
O que começou como uma noite de caos se transformou em um mês de resiliência e esforços coletivos. A cidade, aos poucos, se reergue, mas o caminho à frente é complexo. O contraste entre os avanços e os desafios destaca a necessidade de uma resposta contínua e abrangente.
São Marcos, com sua força coletiva, continua a enfrentar não apenas a reconstrução física, mas também os desafios sociais expostos pela tempestade. O próximo capítulo dessa jornada será escrito pela comunidade, autoridades e organizações locais, à medida que todos se unem para superar não apenas os estragos materiais, mas também as disparidades sociais reveladas neste processo de recuperação.