/apidata/imgcache/db746b92d4b56a00aaf7d89589a197c7.png
/apidata/imgcache/6489286f0535723f1bc933597a4c23f2.png
/apidata/imgcache/82f987f3939054a6d9fc18ca763064bf.jpeg

SUS vai oferecer nova vacina para gestantes contra o vírus sincicial respiratório

O Ministério da Saúde ainda definirá os detalhes sobre o calendário de vacinação e a distribuição do imunizante. O Sistema Único de Saúde (SUS) passará a oferecer uma nova vacina para gestantes, capaz de proteger os bebês contra o vírus sincicial respiratório (VSR).

Atualizado em 15/02/2025 às 07:02, por Equipe SMO.

SUS vai oferecer nova vacina para gestantes contra o vírus sincicial respiratório

O Ministério da Saúde ainda definirá os detalhes sobre o calendário de vacinação e a distribuição do imunizante.

O Sistema Único de Saúde (SUS) passará a oferecer uma nova vacina para gestantes, capaz de proteger os bebês contra o vírus sincicial respiratório (VSR). A inclusão do imunizante Abrysvo, produzido pela Pfizer, foi aprovada nesta quinta-feira (13) pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec).

/apidata/imgcache/c9086ef94dad4d18574aac51a8a0b2ce.png

A medida visa reduzir os casos graves de infecção pelo VSR, principal causador da bronquiolite em crianças pequenas. A doença compromete as vias respiratórias inferiores e pode evoluir para quadros graves, especialmente em bebês de até dois anos, além de idosos. Segundo o último boletim Infogripe, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), neste ano já foram registrados 370 casos confirmados de Síndrome Respiratória Aguda Grave e oito mortes. A transmissão do vírus é maior no inverno, quando há aumento expressivo das hospitalizações.

A vacina já havia sido aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no ano passado e estava disponível apenas na rede privada. Agora, sua incorporação ao SUS permitirá que mais gestantes tenham acesso à imunização. O imunizante é administrado em dose única entre a 24ª e a 36ª semana de gestação, garantindo que os anticorpos sejam transmitidos ao bebê antes do nascimento.

Testes clínicos realizados pela Pfizer com cerca de 7 mil gestantes demonstraram 82,4% de eficácia na prevenção de casos graves da doença em bebês de até três meses e 70% de proteção até os seis meses de idade. A presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, Mônica Levi, destaca que a vacinação pode reduzir o número de internações e mortes, além de prevenir complicações respiratórias de longo prazo, como episódios recorrentes de chiado e broncoespasmos.

/apidata/imgcache/41c488d9a57a79f3e217093acf806621.png

Além da vacina, a Conitec também aprovou a incorporação do anticorpo monoclonal nirsevimabe, voltado para bebês prematuros. Diferente das vacinas, esse medicamento não estimula a produção natural de anticorpos, mas atua como uma defesa pronta contra o VSR, sendo indicado para recém-nascidos com sistema imunológico mais vulnerável.

A inclusão dessas novas tecnologias no SUS representa um avanço na proteção da saúde infantil no Brasil, reduzindo a pressão sobre o sistema de saúde e proporcionando maior segurança para os recém-nascidos. O Ministério da Saúde ainda definirá os detalhes sobre o calendário de vacinação e a distribuição do imunizante.