São-marquense compartilha sua experiência após tremores em Caxias do Sul
Gisele Debovi reside em Caxias há 14 anos e relata os momentos de tensão durante episódio na madrugada A madrugada desta segunda-feira (13) foi marcada por momentos de tensão em diversos bairros de Caxias do Sul, onde tremores de terra foram sentidos por moradores.

Gisele Debovi reside em Caxias há 14 anos e relata os momentos de tensão durante episódio na madrugada
A madrugada desta segunda-feira (13) foi marcada por momentos de tensão em diversos bairros de Caxias do Sul, onde tremores de terra foram sentidos por moradores. Entre os relatos, está o da são-marquense Gisele Debovi; 43 anos, residente na cidade há 14 anos, que compartilhou sua experiência durante os tremores no bairro Universitário.
Por volta das 2h55, Gisele conta ter ouvido barulhos estranhos, seguidos por um tremor intenso às 3h03, que fez sua casa tremer. O episódio gerou preocupação imediata, levando-a a buscar abrigo no quarto da filha. A situação causou apreensão não apenas em sua família, mas também entre vizinhos, que relataram sensações similares.
“Pelo barulho, meu marido e eu pensamos que alguma parede havia cedido, a calçada, ou o muro, com isso ele desceu nos outros dois andares da casa e não tinha nada. Subiu novamente e outro estrondo forte. Fomos pra fora e já havia vizinhos apavorados questionando o que era. Durante uns 50min deu vários, mas não de tremer a casa. Às 5h30 outro e às 7h27 foi o último”, relata Gisele
Os tremores, que foram registrados em diversos bairros, como Jardim América, Universitário, Madureira e Pio X, mobilizaram o Corpo de Bombeiros Militar, que recebeu mais de 200 ligações de moradores relatando os eventos. Equipes foram deslocadas para orientar a população e garantir a segurança dos cidadãos.
A Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SEMMA) de Caxias do Sul emitiu uma nota tranquilizando a população, afirmando que os tremores são resultado da acomodação de camadas rochosas subterrâneas e não representam riscos adicionais. Segundo o geólogo Caio Torques, diretor de Gestão Ambiental da SEMMA, eventos desse tipo não possuem poder de destruição significativo, e não foram detectados grandes deslizamentos de terra nas proximidades dos locais onde os tremores foram sentidos.
“O histórico e a situação geológica em que nos encontramos não permitem que haja um tremor de terra de grande magnitude, ou seja, de cinco para cima (máximo 10), na Escala Richter. De quatro para baixo não vai causar nenhum transtorno estrutural”, assegura o geólogo
Ainda segundo o Observatório de Sismologia da Universidade de Brasília (UNB), foram registrados três tremores na Serra Gaúcha, O primeiro, de 2,4 graus, à 1h48 em Bento Gonçalves; o segundo, às 2h58, em Caxias do Sul, de 2,3 graus; e o terceiro às 3h03, com a mesma intensidade, em Caxias do Sul. Esses eventos reforçam a importância do monitoramento contínuo das condições geológicas da região, bem como da preparação da população para lidar com situações emergenciais.
Os bombeiros orientam que todos mantenham a calma e observem se houve dano estrutural na edificação, como rachaduras ou fissuras, se danos forem identificados, acione imediatamente o Corpo de Bombeiros pelo 193 para que haja uma vistoria no local.