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São Marcos colhe uva de qualidade diferenciada

Maior produtor brasileiro de suco de uva, município se destaca na vitivinicultura: Fenasuco valorizará produtor, produção e produtos derivados da uva: ‘Divulgará São Marcos’ Conhecida como a capital gaúcha dos caminhoneiros, São Marcos também poderia ser a capital brasileira do suco de uva.

Atualizado em 22/12/2021 às 18:12, por Equipe SMO.

São Marcos colhe uva de qualidade diferenciada

Maior produtor brasileiro de suco de uva, município se destaca na vitivinicultura: Fenasuco valorizará produtor, produção e produtos derivados da uva: ‘Divulgará São Marcos’

Conhecida como a capital gaúcha dos caminhoneiros, São Marcos também poderia ser a capital brasileira do suco de uva. O título faria jus a realidade: o município é o que mais produz suco de uva natural no país! Para fabricar o produto – que cada vez mais tem conquistado mercados – as vinícolas utilizam como matéria-prima as excelentes uvas cultivadas pelos agricultores são-marquenses. E esse é um diferencial importante: diferente do vinho, que é mais elaborado, o suco de uva depende de uma uva de qualidade para ser bom.

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“A qualidade do suco depende muito da uva: ao contrário do vinho, que é elaborado e onde conta muito o trabalho do enólogo, o suco é produzido, contanto muito a matéria-prima (uva), com o índice de frutose (graduação) sendo fundamental. Por isso precisamos dar condições para o produtor investir e ter uva de qualidade”, ensinou Rodrigo Poggere, que produzo o suco Dom Celesto, em matéria especial publicada pelo São Marcos Online na última safra. https://www.saomarcosonline.com/viva-a-uva-2-sao-marcos-e-a-terra-do-suco-e-campestre-a-do-vinho/

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‘Foi um ano bom, deu quantidade e qualidade’

Na Linha Edith, Rizzo cultiva variedades destinadas às cantinas. Foto: SMO

Investir e produzir uva de qualidade diferenciada é o que fazem diversos produtores de São Marcos. Um deles é Valderez Rizzo, que cultiva 6,5 hectares de parreiras na Linha Edith. São 2 hectares de Isabel comum, 2 com Isabel precoce, 1 com Niágara e 1,5 hectare com Bordô.
A maior parte da produção foi colhida em fevereiro e só a Isabel Comum, que é mais tardia, será retirada no início de março.

Agricultura Familiar garante safra de qualidade no município. Foto: SMO

“Foi um ano bom, deu quantidade e qualidade. A Bordo prejudicou um pouco por causa da seca e o grão ficou mais miúdo e não pesou tanto, mas no geral deu um ano muito bom. A Niágra preta deu muito boa e a Isabel nem se fala, a precoce foi um dos melhores anos e só a comum que falhou um pouco o cacho porque choveu demais na florada”, aponta o produtor.

Ele diz que a média da colheita gira em torno de 30 mil quilos por hectare e que o preço (tabelado em R$ 1,08 a Isabel de grau 15) ficou razoável.

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“Pela qualidade vai conseguir um preço um pouco melhor porque esse ano deu o grau que a uva precisa”, comentou, informando que toda sua produção é vendida às vinícolas.

‘Orgânico é qualidade de vida pra quem produz e pra quem consome’

Suliani cultiva diversos orgânicos na Linha Santana. Foto: SMO

Além do cultivo no sistema convencional, utilizado pela maioria dos viticultores são-marquenses, há quem invista na produção de uva orgânica. É o caso de Vanderlei Suliani, que cultiva 1 hectare de uva Niágara Rosada em parreirais cobertos na Linha Santana. Ele diz que a colheita ultrapassou as 22 toneladas e que a uva é vendida para consumo in natura .

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“Orgânico é qualidade de vida pra quem produz e pra quem consome. Além de ter um pensamento diferente, colhe e armazena na propriedade, vende direto pro consumidor e isso é legal”, revela Vanderlei, que cuida dos parreiras junto com a esposa Carla Dal’Prá Suliani.

Ele cita os cuidados no manejo.

“Além de não utilizar agrotóxicos, temos muito cuidado na adubação. Por exemplo, o esterco de aviário fica 6 a 12 meses para fermentar no monte antes de ser usado e é feita análise. Também usamos muita adubação verde, que cria uma camada no solo”, assinala, destacando que só usa produto registrado e com selo de orgânico.

Parreiral coberto garante produção de qualidade de Vanderlei Suliani. Foto: SMO

Há oito anos trabalhando com orgânico, Vanderlei montou a empresa Suliani Hortifruti. Ele conta que antes de se tornar um empreendedor rural, fez curso no Sebrae. Há dois anos investiu em marketing e divulgação. Tem colhido frutos.

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“Através do Sebrae fui a Porto Alegre divulgar no Mercado Público”, conta.

Em 2019, Suliani expôs suas uvas orgânicas na Festa da Uva, em Caxias do Sul. A qualidade dos cachos chamou a atenção dos visitantes. https://www.saomarcosonline.com/produtores-de-sao-marcos-se-destacam-na-festa-da-uva-2019/

Além de uva, Suliani investe em outros cultivos orgânicos.

“A uva orgânica é o carro chefe. Depois vem o alho orgânico com uma produção ainda pequena, mas que vendo embalado (150 gramas). Também temos uma produção razoável de laranja, alguma coisa de chuchu e plantação de nozes. Mas o que está se destacando mesmo é a batata favo de mel, que planto em parceria com outro produtor”, revela, informando que está buscando oficializar um grupo de orgânicos com outros três produtores da comunidade.

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FENASUCO pode sair do papel em 2021: ‘Valorizar produto importante e divulgar São Marcos’

Don Celesto produz para o mercado nacional e também exportação. Foto: SMO/arquivo

Nona cidade do Rio Grande do Sul no processamento de uvas para sucos, vinhos, espumantes e derivados, São Marcos possui em torno de 1.088 hectares de área plantada com parreirais, conforme dados da Uvibra (União Brasileira de Vitivinicultura).

A produção gira em torno dos 24.350.324 quilos, sendo 23.922.703 de uvas comuns e 427.621 de viníferas. Boa parte dessas uvas é usada na fabricação de suco natural, produto que na última década passou a ser o carro-chefe das principais vinícolas são-marquenses.

É o caso da Vinícola Poggere, que produz o suco Don Celesto e que há anos voltou-se exclusivamente para o suco.

“A agricultura, setor importante da economia de São Marcos, tem a uva como carro chefe e grande parte é destinada para suco. Então, sem dúvida estamos falando do produto mais importante hoje”, pondera Rodrigo Poggere.

Sucos de São Marcos chegam na mesa de brasileiros de outras regiões. Foto: SMO/arquivo

Em entrevista https://www.saomarcosonline.com/1a-fenasuco-sera-em-2021/ concedida ao São Marcos Online em janeiro – semanas após a Câmara de Vereadores ter aprovado projeto de Lei que colocou a Fenasuco no calendário oficial de eventos do município, com a perspectiva de ser realizada em 2021 –, Poggere salientou a relevância de São Marcos ter um evento desse tipo.

“Esse passo administrativo de registro é somente o primeiro. Muito precisa ser feito em termos de organização, captação e disponibilização de recursos e estrutura, para depois se pensar em executar”, adverte.

Para o prefeito Kuwer, a Fenasuco valorizará um produto importante para a economia e cultura locais, ajudando a divulgar São Marcos.

“É uma maneira de valorizarmos esse produto importante para nossa economia e mostrar São Marcos de forma regional e nacional”, comentou, salientando que as características saudáveis do suco podem alavancar a Fenasuco.