/apidata/imgcache/db746b92d4b56a00aaf7d89589a197c7.png
/apidata/imgcache/6489286f0535723f1bc933597a4c23f2.png
/apidata/imgcache/82f987f3939054a6d9fc18ca763064bf.jpeg

Safra de caqui na Serra será menor, mas com valor mais elevado

Na região, cerca de 900 propriedades cultivam uma área de 1.700 ha das variedades Fuyu, Kyoto, Rama Forte e Mycado, sendo o município de Caxias do Sul o maior produtor A colheita da safra de caqui avança rápido na Serra Gaúcha, com cerca de 60% da área já colhida.

Atualizado em 06/04/2023 às 14:04, por Equipe SMO.

Safra de caqui na Serra será menor, mas com valor mais elevado

Na região, cerca de 900 propriedades cultivam uma área de 1.700 ha das variedades Fuyu, Kyoto, Rama Forte e Mycado, sendo o município de Caxias do Sul o maior produtor

A colheita da safra de caqui avança rápido na Serra Gaúcha, com cerca de 60% da área já colhida. O início da safra foi antecipado e a colheita deverá se estender até o final de abril. Na região, cerca de 900 propriedades cultivam uma área de 1.700 ha das variedades Fuyu, Kyoto, Rama Forte e Mycado, sendo o município de Caxias do Sul o maior produtor, seguido por Farroupilha, Antônio Prado e Pinto Bandeira. A Emater/RS-Ascar estima que a safra deste ano na Serra fique em torno de 20 mil toneladas, o que representa uma produção 35% menor do que uma safra normal e 20% menor do que a safra passada.

/apidata/imgcache/c9086ef94dad4d18574aac51a8a0b2ce.png

O engenheiro agrônomo Enio Ângelo Todeschini, extensionista da Emater/RS-Ascar, explica que a produtividade foi afetada pelas condições climáticas da primavera e verão, especialmente os frios tardios e a estiagem, o que ocasionou também muitos pedidos de vistoria de Proagro. De acordo com ele, por ser uma planta mais rústica, de raízes profundas e não ter grande valor agregado, dificilmente os produtores investem na irrigação dos pomares. Ainda segundo Todeschini, a variedade Fuyu (sem semente) apresentou muita queda de frutos e a variedade Kyoto (chocolate preto) ficou com calibre abaixo da média. Soma-se a isso a supressão de áreas de pomares de Kyoto que vem ocorrendo nos últimos anos na região, em função da suscetibilidade da planta à Antracnose, doença que provoca danos e exige muitos cuidados e tratamentos, elevando o custo de produção. Por outro lado, essa diminuição da produção e, consequentemente, da oferta, acabou valorizando bastante esta variedade nas últimas safras. Conforme o extensionista, a variedade Kyoto, que geralmente tinha um valor 25% menor que a Fuyu, ultimamente tem atingido uma precificação até 50% maior do que a Fuyu.

/apidata/imgcache/1bdafa2166b14962cb7735c80fd0ebfb.png

Com o encerramento da colheita se aproximando, Todeschini recomenda que os agricultores cultivem plantas de cobertura de inverno nesses caquizeirais. “O produtor pode semear em abril/maio alguma espécie de inverno – gramíneas ou outras espécies tradicionais como nabo forrageiro e ervilhaca – a fim de manter o solo coberto, produzir matéria orgânica, que é o fator essencial para a retenção de água, e depois essa palhada proteger conta o vento e os calores no verão, já que as últimas quatro safras foram de precipitações abaixo do necessário”, enfatiza.