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Safra de alho começa a ser vendida com preço que não agrada aos produtores de São Marcos

Agricultor Marcelino Zanella colheu alho de qualidade em Tiradentes, mas valor mal cobre despesas: ‘Estamos empatando e até pagando pra trabalhar’ Janeiro marca o início da comercialização da safra são-marquense de alho.

Atualizado em 09/08/2023 às 16:08, por Equipe SMO.

Safra de alho começa a ser vendida com preço que não agrada aos produtores de São Marcos

Agricultor Marcelino Zanella colheu alho de qualidade em Tiradentes, mas valor mal cobre despesas: ‘Estamos empatando e até pagando pra trabalhar’

Janeiro marca o início da comercialização da safra são-marquense de alho. O município – que é um dos principais produtores brasileiros do bulbo, com mais de 200 hectares de área plantada – deverá ter safra em torno de 1,8 mil toneladas, como destaca o Engenheiro Agrônomo da Emater, Rudinei Girardello.

– O granizo (de outubro de 2018) atingiu em torno de 150 hectares da área cultivada e provocou perdas entre 20 e 25%. A média da lavoura geralmente fica perto de 10 toneladas por hectare, o que daria uma safra acima de duas mil toneladas. Mas onde pegou granizo a média caiu para 7,5 toneladas e, com isso, a safra geral do município acabou caindo um pouco – comentou.

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Na Linha Tiradentes, o produtor Marcelino Zanella colheu em torno de 35 toneladas de alho São Valentim nos 4 hectares de lavoura que cultiva. A produção já está sendo comercializada e nesta terça (29) o Sãomarcosonline acompanhou o carregamento de um caminhão do Paraná, que veio a São Marcos buscar o “Alho Nobre” de Zanella e Carraro.

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– A colheita foi boa, a maior parte do alho pegou boa classificação; mas o preço não está bom e mal paga o custo de produção, que gira em torno de R$ 50 mil por hectare – informou Zanella.

Ele destaca que o alho está valendo o mesmo que o número de classificação, ou até um pouco menos.

– Em média, neste final de janeiro, o alho 5 está valendo R$ 5 ao quilo – comentou.

Cultivando alho há mais de três décadas, Zanella salienta que o preço vem ruim desde o ano passado.

– Esse ano o clima foi melhor que no ano passado, não dá pra se queixar. Mas o preço continua ruim e se continuar desse jeito vai dar falência pro agricultor – ponderou, dizendo que para dar lucro e “valer a pena” o alho 5 precisava estar valendo em torno de R$ 8 ao quilo.

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Marcelino entende que um dos principais problemas é a importação: o alho entra de países como Argentina e China a preços impraticáveis para o agricultor brasileiro, que tem maior custo de produção.

– Quem plantou o alho e colheu bem está tirando o custo. Mas quem colheu mal está pagando pra trabalhar – resume o produtor, esperançoso de que o mercado reaja e o preço melhore.

Reportagem de André Fontana / Imagens e edição de Angelo Batecini Junior