RS registrou 5 mil novos casos de câncer de mama em 2023
O relatório aponta que, em 2023, foram registrados 5.038 novos casos da doença no estado, equivalente a uma taxa de incidência de 89,53 casos a cada 100 mil mulheres. Embora ainda preocupantes, os dados indicam uma leve queda de 1,6% em relação ao ano anterior, com 84 casos a menos.

O relatório aponta que, em 2023, foram registrados 5.038 novos casos da doença no estado, equivalente a uma taxa de incidência de 89,53 casos a cada 100 mil mulheres. Embora ainda preocupantes, os dados indicam uma leve queda de 1,6% em relação ao ano anterior, com 84 casos a menos.
A Secretaria Estadual da Saúde (SES) do Rio Grande do Sul divulgou, nesta semana, o Boletim Epidemiológico do Câncer de Mama como parte da programação do Outubro Rosa. O relatório aponta que, em 2023, foram registrados 5.038 novos casos da doença no estado, equivalente a uma taxa de incidência de 89,53 casos a cada 100 mil mulheres. Embora ainda preocupantes, os dados indicam uma leve queda de 1,6% em relação ao ano anterior, com 84 casos a menos. No entanto, o número de óbitos aumentou, passando de 1.435, em 2022, para 1.500 neste ano.
Prevenção e diagnóstico precoce
A SES tem reforçado a importância de estratégias preventivas e diagnósticos oportunos para reduzir os índices de câncer de mama no estado. Entre as medidas orientadas, destaca-se a busca ativa de mulheres entre 50 e 69 anos para a realização da mamografia de rastreamento a cada dois anos, mesmo sem sintomas aparentes.
Outras faixas etárias também podem realizar a mamografia diagnóstica, desde que apresentem alterações mamárias e passem por avaliação médica. A análise do histórico familiar pode antecipar o início do rastreamento para antes dos 50 anos. As recomendações se estendem a homens trans e pessoas não-binárias designadas como mulheres ao nascer que mantêm as mamas.
As mamografias estão disponíveis nas unidades de Atenção Primária à Saúde (APS) de todos os municípios, e os dados de cobertura e periodicidade do exame podem ser consultados na plataforma Observatório do Câncer.
Estratégia SERMulher: foco no atendimento especializado
Entre as principais iniciativas anunciadas pela SES está a implantação do SERMulher (Serviços Especializados de Referência à Saúde da Mulher), com unidades distribuídas pelas sete macrorregionais do estado. A nova estratégia tem como objetivo fortalecer o rastreamento do câncer de mama e ampliar o acesso a diagnósticos precoces e tratamentos adequados.
Segundo Gisleine Silva, coordenadora da Divisão dos Ciclos de Vida do Departamento de Atenção Primária e Políticas de Saúde da SES, o SERMulher proporcionará atendimento especializado para diversas condições de saúde feminina, como câncer de útero, endometriose, infertilidade e questões relacionadas ao climatério. “Queremos garantir um atendimento ágil e completo para reduzir a mortalidade por câncer de mama e de colo uterino”, destacou.
Encaminhamentos e continuidade do cuidado
Os casos identificados nas unidades da APS que demandarem avaliação especializada serão direcionados ao SERMulher. Esses ambulatórios funcionarão como referência para o atendimento de problemas ginecológicos e reprodutivos, além de atuarem como centros formadores para a realização de procedimentos como inserção de DIU e coleta de exames citopatológicos.
O acompanhamento das pacientes será realizado por profissionais chamados de navegadores, que terão a responsabilidade de orientar e garantir a continuidade do tratamento, promovendo o cuidado compartilhado entre os serviços especializados e a APS. Esses profissionais farão a contrarreferência e assegurarão o encaminhamento adequado para serviços terciários, quando necessário, sempre seguindo os protocolos de regulação do Sistema de Gerenciamento de Consultas (Gercon).
Cuidado integral para reduzir a mortalidade
Com a implementação do SERMulher, a SES busca oferecer um cuidado integral e contínuo às usuárias, desde a prevenção e promoção da saúde até o diagnóstico e tratamento de doenças. A meta é otimizar o tempo entre a detecção precoce do câncer e o início do tratamento, garantindo assim melhores resultados e reduzindo o número de óbitos.
O Outubro Rosa encerra com o compromisso da SES de intensificar os esforços para melhorar a saúde das mulheres gaúchas, por meio de estratégias de prevenção, diagnóstico precoce e atendimento especializado, fundamentais para enfrentar os desafios impostos pelo câncer de mama e de colo uterino.