Preço mínimo da uva é reajustado para R$ 1,69 por quilo na safra 2024/2025
Governo reajusta o preço mínimo da uva para R$ 1,69 por quilo na safra 2024/2025, representando aumento de 12,6% O Ministério da Agricultura oficializou nesta segunda-feira (2/12) o reajuste no preço mínimo da uva industrial para as regiões Sul, Sudeste e Nordeste.

Governo reajusta o preço mínimo da uva para R$ 1,69 por quilo na safra 2024/2025, representando aumento de 12,6%
O Ministério da Agricultura oficializou nesta segunda-feira (2/12) o reajuste no preço mínimo da uva industrial para as regiões Sul, Sudeste e Nordeste. O novo valor foi fixado em R$ 1,69 por quilo, válido para uvas com 15° glucométricos (nível de doçura). O aumento representa um reajuste de 12,6% em relação ao preço vigente em 2024, que era de R$ 1,50 por quilo.
A decisão, aprovada em reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN) no dia 21 de novembro, será válida de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2025. A medida busca atender ao aumento dos custos de produção e proporcionar maior competitividade aos produtores, especialmente após os desafios climáticos e de mercado enfrentados na última safra.
O preço mínimo é um indicador importante para o setor vitivinícola, utilizado como referência para políticas públicas, programas de financiamento e garantia de preço. Contudo, ele não interfere diretamente nos valores negociados entre produtores e empresas, que costumam ser superiores devido à alta demanda, especialmente no segmento de vinhos e sucos.
O reajuste vem em um momento de otimismo para os produtores de uva, que também aguardam melhores condições de mercado em 2025, impulsionadas pela valorização da produção nacional e pela retomada do crescimento do setor.
Estimativa: Preço mínimo da uva para safra 2024/2025 deve ter alta significativa de até 13,3%
Safra de 2024: uma das mais desafiadoras em anos
Dados da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seapi) apontam que a safra 2024 sofreu uma redução de quase 27%, com 485,5 milhões de quilos de uvas colhidos. Esse é o menor volume desde 2016, quando a produção caiu drasticamente em 60%. As variedades mais impactadas foram as viníferas, usadas na produção de vinhos finos, com uma redução de 41,05% em relação a 2023, devido às chuvas excessivas e ao aumento de doenças fúngicas.
Além disso, a comercialização de uvas enfrentou desafios, enquanto a demanda por vinhos e espumantes permaneceu estável. Especialistas apontam que a qualidade da safra, especialmente das variedades brancas tardias, foi preservada graças às condições climáticas mais favoráveis em fevereiro.