Formado por dois homens, uma mulher e um menor de idade, o grupo criou perfis falsos em redes sociais, divulgando chaves Pix de pessoas físicas para receber os valores.

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul, através da força-tarefa Cyber, deflagrou nesta quinta-feira a Operação Dilúvio Moral na cidade de Santo André, em São Paulo. A ação visou combater fraudes, golpes e atentados contra serviços de utilidade pública no estado gaúcho, afetado por uma calamidade recente.

Com apoio operacional da Polícia Civil de São Paulo, especificamente do Grupo de Responsabilidade Tática (GRT) do Departamento de Polícia Judiciária da Macro São Paulo (Demacro), a operação cumpriu três mandados de prisão preventiva e três de busca e apreensão. O alvo foi uma associação criminosa que simulava contas oficiais do governo do Rio Grande do Sul para captar doações fraudulentas.

Formado por dois homens, uma mulher e um menor de idade, o grupo criou perfis falsos em redes sociais, divulgando chaves Pix de pessoas físicas para receber os valores. Eles conseguiram enganar um número significativo de pessoas, que acreditavam estar contribuindo para a reconstrução do estado.

Os suspeitos, com idades entre 17 e 45 anos, possuem antecedentes por crimes como roubo, porte ilegal de arma de fogo, furto e tráfico de entorpecentes. Após a prisão, foram levados ao distrito policial para formalização. As investigações continuam em busca de mais provas e possíveis outros membros do grupo.

A força-tarefa Cyber, composta por Delegados e Agentes do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), foi destacada para reprimir crimes virtuais que exploram a situação de calamidade no estado. Até agora, o grupo já analisou mais de 50 casos, com uma taxa de conclusão superior a 70%. Entre as ações, 15 páginas fraudulentas foram removidas e cinco contas bancárias foram bloqueadas, prevenindo um enriquecimento ilícito de dezenas de milhares de reais.

O Deic reafirma seu compromisso em conduzir investigações criminais qualificadas, especialmente contra aqueles que buscam lucrar com a maior tragédia da história do Rio Grande do Sul. A instituição visa garantir a responsabilização criminal de todos os envolvidos.

A operação representa um passo significativo na luta contra fraudes em meio a crises, protegendo a população e assegurando que as doações cheguem a quem realmente precisa.