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Poda de Pinheiros na Praça: moradores expressam preocupações com resíduos e preservação ambiental

A recente poda, realizada pela prefeitura, gerou preocupações entre alguns são-marquenses. Embora a ação tenha sido justificada como medida preventiva para garantir a segurança dos frequentadores, há descontentamento com os resíduos deixados no local, que obstruíram áreas de passagem.

Atualizado em 24/01/2025 às 11:01, por Equipe SMO.

Poda de Pinheiros na Praça: moradores expressam preocupações com resíduos e preservação ambiental

A recente poda, realizada pela prefeitura, gerou preocupações entre alguns são-marquenses. Embora a ação tenha sido justificada como medida preventiva para garantir a segurança dos frequentadores, há descontentamento com os resíduos deixados no local, que obstruíram áreas de passagem. Além disso, questionamentos sobre os critérios adotados para a remoção dos galhos, especialmente no que tange à preservação ambiental e à manutenção das características paisagísticas da praça. As autoridades afirmam que a intervenção seguiu práticas adequadas de manejo e destinação

Na última quarta-feira, 22 de janeiro, as Secretarias Municipais de Serviços Públicos e Urbanos (SSPU) e de Meio Ambiente de São Marcos realizaram uma intervenção na Praça Dante Marcucci, visando a poda de galhos de pinheiros. A ação teve como objetivo principal aumentar a segurança dos frequentadores, prevenindo a queda de galhos, especialmente durante condições climáticas adversas, conforme a prefeitura.

De acordo com as equipes responsáveis, o corte foi planejado com cuidado, respeitando as práticas de manejo adequado e garantindo a preservação das árvores. A Praça Dante Marcucci é um espaço de grande importância para a comunidade, recebendo famílias, crianças e turistas. A prefeitura deve manter um compromisso contínuo em preservar o patrimônio ambiental e ao mesmo tempo em zelar pelo bem-estar de quem usufrui desses espaços.

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No entanto, na manhã desta sexta-feira (24), dois dias após o começo das ações de poda, uma moradora que costuma caminhar na praça manifestou descontentamento com os resíduos deixados pela poda. Ela relatou a presença de restos de galhos, sujeira e obstrução no passeio central, enviando fotos ao São Marcos Online (SMO) para ilustrar a situação. “Isso aconteceu durante o dia, espaço limpo e fundamental. Nunca houve isso, falavam de buracos e lixeiras, olha a bagunça. Ontem à tarde já estava lá, ontem à noite continuava desse dito. Faltou mão de obra, será? Queira ou não queira, nossa praça é usada para transitar, caminhar, um espaço que as famílias usam no fim de tarde. Há transtorno? Há, mas se resolve se deixa limpo, não fica de um dia para o outro”, reclamou a moradora. A fotos foram feitas na noite passada.

Em resposta às queixas, o secretário da SSPU, Alciones Daros, conhecido como Tchony, esclareceu que o serviço foi iniciado na quarta-feira e está programado para ser concluído ao meio-dia desta sexta-feira. “Pensa que já saiu acho ali uns vinte caminhão de galho aí, entre galho e madeira e árvore seca e tal, tudo devidamente licenciado pelo meio ambiente, tá? Se a gente não faz na cara e na coragem, né? Eu fui intimado pelo meio ambiente pra providenciar essas providências”, afirmou Tchony.

Ele ainda destacou que, durante a noite, os caminhos são liberados para o trânsito de pedestres. No entanto, devido ao volume de trabalho, alguns resíduos podem permanecer temporariamente. “Ontem à tarde foi derrubada uma árvore seca, ela era muito grande, a gurizada não conseguiu terminar de cortar toda ela até o final do horário, né? Daí foram hoje de manhã, mas não ficou nada bloqueado a estrada, né? Pode ter certeza que os acessos dá pra passar bem tranquilo. Os acessos estão todos liberados, só que claro, tu vai enxergar galho, vai enxergar às vezes um pouco de entulho de madeira e tal, mas hoje o pessoal está coletando tudo aquilo, pro final de semana vai estar reloginho de novo a nossa praça”, garantiu.

O secretário também ressaltou a necessidade da intervenção para garantir a segurança dos frequentadores da praça. “No momento que se está em obra, qualquer transtorno sempre vai causar algum desconforto, né? Mas isso aí precisava ser feito, tinha uns galhos aí dos pinheiros que estavam comprometendo a segurança de quem transitava no local, tá? E pra quem olha aqui debaixo parece que não é nada, mas quando desce galho daqueles lá, eles têm a grossura de uma árvore quase, cada galho daqueles dos pinheiros”, explicou.

Preocupações também giram em torno da questão ambiental

Além disso, o corte dos pinheiros suscitou debates sobre a necessidade e os critérios adotados para tal ação. Embora as autoridades municipais tenham afirmado que a medida visa prevenir riscos à segurança dos transeuntes, alguns moradores questionaram o SMO se todas as árvores removidas apresentavam, de fato, perigo iminente. A derrubada de árvores, especialmente em áreas urbanas, deve ser criteriosamente avaliada, considerando tanto a segurança pública quanto a preservação ambiental. A remoção de árvores nativas sem autorização é considerada crime ambiental, conforme a Lei n. 9.605/1998, que visa à preservação da biodiversidade.

“Veja a poda que fizeram na praça, os pinheiros em plena floração estão sendo podados. Contei cerca de 100 pinhas pelo chão. Fim do mundo!”, exclamou uma moradora preocupada com a questão ambiental. outro ponto levantado por populares diz respeito a destinação correta dos resíduos e a falta de sobra nesse período de calor extremo.

A secretária de Meio Ambiente, Francine Girardelo, complementou enfatizando a necessidade de realizar a poda regular e o controle de galhos e árvores que ameacem a segurança da população que frequenta a praça. “Os galhos das araucárias, por exemplo, que são os mais perigosos, são enormes e pesados e muitos ofereciam esse risco de queda. Além desses, aquelas árvores mortas ou galhos secos de maior porte foram retirados e ainda a poda convencional das demais árvores e arbustos”, afirmou.

Ela destacou que é retirada a terça parte inferior dos pinheiros sem prejudicar as copas, garantindo que o procedimento não oferece risco às espécies. “Apesar de ter gerado algum desconforto para alguns que escolhem a praça para caminhar e dos mais ávidos ambientalistas, a ação é necessária para assegurar a segurança e a própria estética da praça”, concluiu a secretária.

Essas críticas ressaltam a importância de um planejamento cuidadoso e de uma comunicação transparente entre a administração municipal e a comunidade. A gestão adequada dos resíduos resultantes de podas e a avaliação criteriosa das árvores a serem removidas são essenciais para equilibrar a segurança pública e a conservação ambiental.

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