Pix terá limite de R$ 200 por transação quando usuário mudar de celular
Dispositivos com acesso não cadastrado terão limite diário de R$ 1 mil para fazer operações. Novos aparelhos terão de ser cadastrados. O Banco Central (BC) anunciou nesta segunda-feira (22) novas medidas para aumentar a segurança do Pix, que entrarão em vigor a partir de 1º de novembro.

Dispositivos com acesso não cadastrado terão limite diário de R$ 1 mil para fazer operações. Novos aparelhos terão de ser cadastrados.
O Banco Central (BC) anunciou nesta segunda-feira (22) novas medidas para aumentar a segurança do Pix, que entrarão em vigor a partir de 1º de novembro. Inicialmente, essas mudanças estavam previstas para outubro deste ano, mas enfrentaram atrasos devido à operação-padrão realizada pelos servidores do BC em busca de melhores condições salariais e ao orçamento apertado da autarquia.
Entre as novas regras, destaca-se o limite de R$ 200 por transação para usuários que utilizarem dispositivos de acesso não cadastrados. O limite diário para essas transações será de R$ 1.000. Para valores acima desses limites, o dispositivo de acesso deve ser previamente cadastrado pelo cliente junto ao banco. Essa medida visa dificultar fraudes em que criminosos utilizam dispositivos diferentes dos autorizados pelo cliente para gerenciar chaves e iniciar transações Pix.
Segundo o BC, a exigência de cadastro se aplica apenas a dispositivos de acesso que nunca tenham sido utilizados para iniciar uma transação Pix, garantindo que a mudança de celular ou computador por parte do usuário não cause inconvenientes. O órgão reforçou que a medida visa aumentar a segurança e minimizar a possibilidade de fraudes.
Em resposta aos recentes vazamentos de dados envolvendo quase 200 mil chaves Pix, o BC continua implementando novas regras de segurança. Desde o lançamento do Pix em novembro de 2020, o sistema revolucionou a maneira como os brasileiros lidam com dinheiro, movimentando mais de R$ 2 trilhões por mês e representando 43% das transações no primeiro trimestre de 2024.
O BC também estabeleceu novas obrigações para as instituições financeiras participantes do Pix. Agora, os bancos devem utilizar soluções de gerenciamento de risco de fraude que contemplem informações de segurança armazenadas pelo BC e sejam capazes de identificar transações atípicas ou incompatíveis com o perfil do cliente. Além disso, as instituições devem disponibilizar informações sobre cuidados para evitar fraudes e verificar, pelo menos uma vez a cada seis meses, se seus clientes possuem marcações indicando suspeita de fraude.
Outro anúncio do BC foi o adiamento do lançamento do Pix Automático para 16 de junho de 2025. Esse mecanismo permitirá pagamentos recorrentes, como mensalidades de escolas e academias, planos de saúde, portais de notícias e streaming, além de contas de serviços públicos. O Pix Automático oferecerá mais comodidade ao pagador, permitindo débitos periódicos sem a necessidade de autenticação a cada transação.
O regulador destaca que o Pix Automático trará eficiência e redução de custos para as empresas, já que a operação independerá de convênios bilaterais entre bancos e empresas e utilizará a infraestrutura já criada para o funcionamento do Pix. Os procedimentos operacionais serão padronizados pela autoridade monetária, facilitando a implantação e aumentando a competição.
Além disso, o BC anunciou a previsão de lançamento do Pix por aproximação em fevereiro do próximo ano. Essa funcionalidade permitirá pagamentos apenas aproximando o celular da máquina de pagamentos, sem a necessidade de redirecionamento ou acesso ao aplicativo do banco.