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ODS 3 e Saúde Mental: promovendo o bem-estar integral em tempos de crise

Por Maria Alice Gambatto – contadora, terapeuta consteladora familiar, escrevendo para o SMO. Confira o artigo na íntegra Assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar de todas as pessoas, é o objetivo principal da ODS 3.

Atualizado em 07/06/2024 às 08:06, por Equipe SMO.

ODS 3 e Saúde Mental: promovendo o bem-estar integral em tempos de crise

Por Maria Alice Gambatto – contadora, terapeuta consteladora familiar, escrevendo para o SMO. Confira o artigo na íntegra

Assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar de todas as pessoas, é o objetivo principal da ODS 3. Ao vermos o termo “vida saudável”, muitas vezes relacionamos com alimentação de qualidade, a prática de exercícios físicos, e tantos outros exemplos disseminados diariamente. Contudo, para promovermos uma vida saudável devemos inclinar nossa atenção para todos os aspectos que nutrem nossa saúde, sendo elas a física, mental, emocional e espiritual.

Mas afinal, o que é saúde mental? Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) a Saúde Mental pode ser considerada um estado de bem-estar vivido pelo indivíduo, que possibilita o desenvolvimento de suas habilidades pessoais para responder aos desafios da vida e contribuir com a comunidade.

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Nos últimos dias, nossa sociedade está passando por um desafio imenso em decorrência das enchentes em nosso Estado. Muitas pessoas, de diversos lugares tomam conhecimento dessa situação e abordam a sensibilização aos fatos ocorridos pelos enfrentamentos que a população gaúcha vivencia nesses dias.

Há muitos relatos de pessoas com sentimentos de culpa, impotência e tristeza pela insuficiência de recursos para aliviar o peso dessa catástrofe. Esses sentimentos são reais e fazem com que as pessoas entrem num processo interno de tristeza podendo gerar diversos sintomas físicos, como: insônia, apatia, ansiedade, tristeza profunda, entre outros.

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Nesse sentido, para promover prevenção e cuidado da saúde mental é necessário tomarmos consciência de que todos nós, de uma forma ou de outra temos condições de ajudar as vítimas das enchentes, os voluntários da linha de frente, os animais e toda rede que já se formou de solidariedade. Contudo, somos seres limitados, e precisamos estar conscientes que não temos a condição de desobstruir toda a situação de uma só vez, nem temos o controle de tudo.

Também devemos compreender que há necessidade de todos os tipos de voluntariado; daqueles com condições físicas e mentais para trabalhar na limpeza e reconstrução dos locais atingidos, de voluntários que se dispõe a preparar a alimentação dos que executam as atividades e dos necessitados, daqueles que se dispõe a fazer o transporte das doações, daqueles que podem auxiliar por meio de recursos financeiros e que geram a produção necessária para os voluntários da linha de frente, e aos voluntários que emanam preces e reúnem-se para orar e enviar energia e dão suporte e acolhimento aos voluntários no retorno aos seus lares.

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Como podemos observar, existem ainda mais formas de auxílio, além das descritas, e é por essa razão que cada um daqueles que se sentem culpados por continuar sua rotina de vida, ou aqueles que se sentem impotentes mesmo diante de já ter promovido o bem a muitos, precisam acolher esses sentimentos e mentalmente refletir, que cada um auxilia dentro de suas condições e possibilidades. Assim como na normalidade do dia a dia, temos vocacionados para o trabalho na saúde, outros na segurança, outros tantos tem paixão por vendas, comunicação e trabalhos burocráticos, nesse momento todos nós também somos chamados a executar a ajuda ao próximo dentro da nossa zona de talento e expertise.

Cabe ainda destacar, que todas as funções são importantes, justamente porque somos únicos e temos dons especiais. Uma senhora que reza seu terço com dedicada amorosidade e concentração tem o mesmo valor daquele que doou seu tempo e sua força para subir as montanhas de terras que deslizaram em busca de uma vida. O exemplo não é uma comparação, mas uma constatação que talvez na inversão dessas atividades nada seria feito com sucesso.

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Por isso, confie no que realizas, compreenda que és insubstituível nas suas ações, com suas intenções e experiências. E lembre-se da citação de Madre Teresa de Calcutá, quando disse:“ O que eu faço é uma gota no meio de um oceano. Mas sem ela, o oceano será menor”.

Como pilares fundamentais da saúde mental temos a prevenção, percepção e tratamento. Listamos algumas ações práticas para o cuidado do seu bem estar:

– Evite assistir demasiadamente noticiários, vídeos e relatos sobre as enchentes e tragédias de modo geral;

– Procure focar sua atenção nas atividades que precisa fazer, executando-as uma por vez, sem pressa e com o mínimo de distrações;

– Ao separar objetos para doação, realize mentalizando boas energias as pessoas que receberão, embalando-as e identificando elas para melhor organização dos locais que recebem;

– Ao fazer doações de recursos financeiros verifique o destinatário e em caso de dúvidas solicite auxílio de alguém de sua confiança;

– Ao perceber-se inquieto e angustiado, procure realizar uma caminhada ao ar livre, conversar com alguém ou procurar ajuda especializada;

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– Tenha momentos de lazer, de meditação, de preces e orações solitárias ou em grupo, com amor e dedicação.

Ademais, sempre importante ressaltar que além das práticas, o bem estar do indivíduo também é influenciado pelos aspectos sociais, ambientais e econômicos a qual está inserido. Dessa forma, a interação de diversos fatores pode ser algo positivo ou negativo, principalmente nesse momento. Por esse motivo não desconsidere sinais de alerta do seu corpo, das suas emoções e dos seus pensamentos. Precisando de ajuda, busque-a.

As pessoas em situações de crise podem ser atendidas em qualquer dispositivo da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), que é formada por vários serviços de saúde com finalidades e características distintas. São serviços da rede pública de saúde do SUS que seguem os princípios fundamentais da universalidade, integralidade e equidade, buscando proporcionar atendimento acessível, amplo e justo para todos e todas.

Maria Alice Gambatto – Contadora, Terapeuta Consteladora Familiar

(Fonte: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/s/saude-mental)