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O impacto da arritmia cardíaca no cérebro 

A arritmia cardíaca é uma condição na qual o ritmo dos batimentos cardíacos se torna irregular, podendo ser mais rápido (taquicardia) ou mais lento (bradicardia) do que o normal. O futebol uruguaio sofreu um duro golpe com a morte do zagueiro Juan Izquierdo, do Nacional do Uruguai.

Atualizado em 17/10/2024 às 15:10, por Equipe SMO.

O impacto da arritmia cardíaca no cérebro 

A arritmia cardíaca é uma condição na qual o ritmo dos batimentos cardíacos se torna irregular, podendo ser mais rápido (taquicardia) ou mais lento (bradicardia) do que o normal.

O futebol uruguaio sofreu um duro golpe com a morte do zagueiro Juan Izquierdo, do Nacional do Uruguai. O jogador sofreu uma arritmia cardíaca durante a partida contra o São Paulo e foi internado no Hospital Albert Einstein, mas não resistiu às complicações. Além de afetar seu coração, a condição também causou danos graves ao cérebro, levando ao desfecho trágico.

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A arritmia cardíaca ocorre quando os batimentos do coração se tornam irregulares, apresentando aceleração (taquicardia) ou lentidão (bradicardia) anormais. Essa alteração pode ser desencadeada por doenças cardíacas, problemas nas válvulas, uso de certos medicamentos, ou fatores como estresse e ansiedade. A fibrilação atrial (FA), o tipo mais comum de arritmia, aumenta o risco de complicações severas, como acidente vascular cerebral (AVC) e insuficiência cardíaca, se não for tratada.

A Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (Sobrac) alerta que essa condição pode afetar uma em cada quatro pessoas ao longo da vida. A arritmia é uma das principais causas de morte súbita, sendo responsável por cerca de 300 mil óbitos anuais no Brasil.

Como a arritmia afeta o cérebro? 

Uma arritmia grave, como a parada cardíaca, interrompe o fluxo sanguíneo para o cérebro e corta o fornecimento de oxigênio aos neurônios. Sem oxigênio, ocorre morte celular, o que pode causar um edema cerebral – inchaço que aumenta a pressão no crânio. Esse aumento ameaça a vida ao comprometer funções vitais e tornar o tratamento mais complexo.

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Saulo Teixeira, neurocirurgião e professor do Instituto de Educação Médica (IDOMED), explica que a parada cardíaca causa lesão cerebral global. “O inchaço eleva a pressão intracraniana e torna o tratamento difícil, pois afeta o cérebro inteiro, não apenas uma área”, destaca o especialista.

O caso do zagueiro Juan Izquierdo, do Nacional do Uruguai, reforça a necessidade de diagnósticos precoces para condições cardíacas. Atletas, sob estresse físico intenso, enfrentam maior risco de arritmias graves. Exames como o eletrocardiograma (ECG) e o monitoramento Holter são importantes, mas nem sempre identificam todos os casos.

A importância da resposta rápida 

A rápida intervenção em casos de parada cardiorrespiratória é crucial para salvar vidas. Segundo o Dr. Saulo Teixeira, “cada minuto sem reanimação reduz as chances de sobrevivência em cerca de 10%. Além disso, o uso de desfibriladores automáticos externos (DEA) pode ser vital para restaurar o ritmo cardíaco e minimizar danos cerebrais.”