A partir de novembro, com as novas regras, todas as cerca de 900 instituições participantes do Pix (entre bancos e instituições de pagamento) deverão utilizar solução de gerenciamento de risco de fraude 

Em novembro, novas regras de segurança entram em vigor para o uso do Pix, serviço de pagamentos instantâneos amplamente utilizado no Brasil. Com o objetivo de aumentar a proteção contra fraudes, cerca de 900 instituições participantes, incluindo bancos e empresas de pagamento, deverão implementar soluções avançadas de gerenciamento de risco. A Febraban (Federação Brasileira de Bancos) comunicará essas mudanças diretamente nos aplicativos das instituições, mantendo os usuários informados sobre as novas medidas e orientações para garantir a segurança nas transações.

Entre as novidades, destaca-se o limite para operações em dispositivos recém-cadastrados. Ao trocar de celular ou computador, os clientes terão um limite de transferência de R$ 200 por operação ou R$ 1 mil por dia, até que o sistema registre oficialmente o novo dispositivo. O cliente deve realizar esse registro pelo próprio aplicativo do banco, que enviará as instruções diretamente ao dispositivo. Essa medida visa dificultar o uso de contas de vítimas por fraudadores que tentam acessar o Pix com dispositivos não autorizados.

Não confiar em mensagens enviadas por canais não oficiais

Walter Faria, diretor-adjunto de Serviços da Febraban, reforça que os clientes não devem confiar em mensagens enviadas por canais não oficiais, como SMS, WhatsApp ou e-mails, que solicitam dados bancários. “Não clique em links nem forneça informações pessoais. Se precisar, entre em contato com seu banco pelos canais oficiais”, recomenda Faria.

As instituições bancárias também disponibilizarão uma função para ajuste dos limites do Pix. Com isso, os clientes poderão definir valores máximos para situações específicas, como transferências noturnas ou para contatos não cadastrados. Esse ajuste será aplicado em 24 a 48 horas após a solicitação.

A Febraban informa que as mudanças vêm de diálogos com o Banco Central, buscando aprimorar a segurança nos meios de pagamento. As instituições precisarão verificar, pelo menos semestralmente, se seus clientes possuem marcações de fraude no sistema do Banco Central. Segundo a federação, os bancos já adotam essas práticas e seguirão implementando alterações conforme as normas das autoridades reguladoras.