Mais Amor, Por Favor!
Como você gostaria de ter sido criado? Como quer que seja a infância dos seus filhos? Como sonha que seja a vida adulta dos seus filhos? Procuramos a melhor escola, nos preocupamos que nossos filhos comam bem. Levamos ao pediatra regularmente, não nos esquecemos das suas aulas de dança ou de judô.

Como você gostaria de ter sido criado? Como quer que seja a infância dos seus filhos? Como sonha que seja a vida adulta dos seus filhos?
Procuramos a melhor escola, nos preocupamos que nossos filhos comam bem. Levamos ao pediatra regularmente, não nos esquecemos das suas aulas de dança ou de judô. Nos esforçamos para que tenham de tudo. Compramos as
melhores roupas… Insistimos para que se vistam sozinhos, escovem os dentes, penteiem os cabelos, mas falhamos na forma de tratá-los.
E se você tratasse os seus amigos da maneira como trata seus filhos, quantas amizades teria???
A forma como tratamos nossos filhos no dia a dia, seja com palavras e gestos ruins ou a sua indiferença em relação à ele, incidirá diretamente sobre muitas coisas no futuro deste pequeno ser:
a confiança que ele terá em si e nos outros
os medos, de tudo e de todos, serão muitos
sua capacidade de lidar com frustrações
será alguém sempre preocupado com o que os outros pensam e dizem a seu respeito
autoestima prejudicada
emoções desequilibradas, facilmente sentir-se-á perdido
Com frequência não cuidamos das palavras que falamos para nossos filhos ou na frente deles, mas as palavras são tão importantes como qualquer ação, abraço ou castigo. As palavras têm tanto peso que chegam direto ao coração e
ficam gravadas ali. São como um prego, deixando uma cicatriz.
Perder a paciência em alguns momentos é normal, é natural, e isso não nos faz mães ou pais ruins, mas tratamento indiferente ou hostil de forma habitual, não é normal, nem tampouco benéfico para alguém.
Somos adultos, encarregados de uma ou mais crianças pequenas, então questione-se: Como você gostaria de ter sido criado? Como quer que seja a infância dos seus filhos? Como sonha que seja a vida adulta dos seus filhos?
Tratar bem uma criança, com respeito e certa liberdade de escolha não tem nada a ver com criar filhos mimados ou sem limites. Também não estamos dizendo que crianças não precisam de horários, rotina e disciplina, mas que precisamos de mais amabilidade nas nossas palavras, gestos e ações. A amorosidade com que lidamos com nossos filhos, será reproduzida por eles. Conversar e deixar espaço
para que nos contem o que lhes passa no coração, levar ao parquinho ou simplesmente fazer uma caminhada de mãos dadas, tem mais valor para os pequenos do que podemos imaginar. Como coloca Tiba (1996), para os pais, o amor
incondicional que sentem pelos filhos está claro, mas para os filhos nem sempre esse amor é tão claro assim.
A criação das crianças deve ser livre de medos e ameaças. Deve ser cheia de amor, valores e princípios. Acrescente a isso uma infância em que a criança possa contar com o apoio e a orientação de ambos os pais (mesmo que não estejam sob o mesmo teto) e veremos ótimos resultados.
Pense! Esse pequeno ser que está ao seu cuidado é um ser humano que crescerá sentindo-se amado e respeitado em suas escolhas, que terá sua auto estima bem desenvolvida e que também saberá impor limites quando for preciso.
Que, por tudo isso, terá resiliência e empatia. Será um ser humano incrível!
Referências Bibliográficas:
TIBA, Içami. Disciplina, limite na medida certa. São Paulo: Gente, 1996. p.54
Prof.Daiane Casarotto
Prof.Gisele Cátia Carraro
(rede municipal de ensino de São Marcos)