Inverno começa nesta quinta-feira com a maior noite do ano
Solstício marca, portanto, a mudança de estação no Hemisfério Sul. Em junho, consequentemente, o Hemisfério Sul recebe menos incidência solar. O inverno no Hemisfério Sul começa oficialmente nesta quinta-feira (20), às 17h50, no horário de Brasília.

Solstício marca, portanto, a mudança de estação no Hemisfério Sul. Em junho, consequentemente, o Hemisfério Sul recebe menos incidência solar.
O inverno no Hemisfério Sul começa oficialmente nesta quinta-feira (20), às 17h50, no horário de Brasília. O inverno começa nesta quinta-feira e marca a chegada do frio em parte do Brasil, mas a transição do outono para o inverno é marcada pelo solstício, quando a Terra atinge o ponto mais distante do Sol.
A palavra “solstício” significa “Sol parado” em latim. Ao ser observado a olho nu, o Sol parece concluir sua trajetória ao atingir esse ponto. Nesse dia, não se observa a mudança na posição do Sol a cada nascer ou pôr do Sol.
O astrônomo e diretor do Observatório do Valongo da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Thiago Gonçalves, explica que o solstício ocorre duas vezes ao ano, em junho e dezembro. A inclinação do eixo da Terra faz com que um hemisfério receba mais luz solar no início do verão, enquanto o outro receba menos, marcando o início do inverno.
“Após seis meses, a Terra estará do outro lado do Sol e, com essa inclinação, o outro hemisfério estará virado para o Sol”, detalha Gonçalves.
No Hemisfério Sul, o solstício de junho traz a menor incidência solar, resultando na noite mais longa do ano.
Equinócio
Conforme a Terra e o Sol se aproximam novamente, as noites encurtam até que os dias e as noites tenham a mesma duração. Esse fenômeno, chamado equinócio, ocorre duas vezes ao ano, em setembro e março, marcando o início do outono e da primavera.
Gonçalves destaca que as mudanças na temperatura e vegetação ao longo do ano dependem da quantidade de luz solar recebida em cada região. As áreas próximas à Linha do Equador, como o Norte e o Nordeste do Brasil, sofrem menos variações. Nos extremos do planeta, como os Polos Sul e Norte, a inclinação da Terra provoca maiores variações de luz solar.
“Se você viajar do Rio Grande do Sul ao Amapá, por exemplo, se aproximará da parte da Terra que, neste solstício, está mais diretamente iluminada”, ilustra Gonçalves.
O ciclo completo até o próximo solstício de inverno dura 365 dias, 48 minutos e 46 segundos. Esses minutos e segundos adicionais exigem ajustes no calendário a cada quatro anos, resultando no ano bissexto com 366 dias.
Com essas informações, fica claro que o inverno de 2024 trará mudanças climáticas significativas para o Rio Grande do Sul com diminuição da chuva e aumento dos dias de frio.