A Corregedoria-Geral do Sistema Penitenciário está investigando o caso de um homem de 47 anos que recebeu liberdade provisória por um crime relacionado a armas em Flores da Cunha, apesar de também responder por tentativa de homicídio contra policiais civis, crime pelo qual deveria continuar preso.

A Polícia Penal soltou por engano um homem de 47 anos em Flores da Cunha, após ele ser preso em flagrante por posse irregular de armas, incluindo uma com símbolos nazistas. Embora tenha recebido liberdade provisória pelo crime relacionado às armas, ele também responde por tentativa de homicídio contra policiais civis, motivo pelo qual deveria continuar preso, segundo a Justiça.

O Tribunal de Justiça reconheceu um erro no sistema prisional, e a Polícia Penal admitiu o equívoco. A Corregedoria-Geral do Sistema Penitenciário investiga o caso. O homem de 47 anos, que não teve o nome divulgado, está foragido desde 27 de junho, dia em que foi solto por engano.

O delegado regional da Polícia Civil na Serra, Augusto Cavalheiro Neto, considera o homem perigoso devido ao seu conhecimento avançado em armas de fogo. “Ele é um exímio atirador, então podemos considerá-lo um indivíduo perigoso”, afirmou.

Conforme o TJ, a informação de que o homem deveria continuar preso pelo outro processo “constava no alvará de soltura”. Mesmo assim, ele foi liberado. A Polícia Penal classificou a liberação como “um equívoco” e está investigando o fato.

Entenda o caso

Em 2023, a investigação teve início quando um vizinho suspeitou que o homem havia disparado uma arma contra sua casa e registrou uma ocorrência. Em março de 2024, a Justiça autorizou uma busca e apreensão. Durante a operação, o suspeito atirou nos policiais antes de fugir. Esse incidente resultou na abertura de uma investigação por tentativa de homicídio e na emissão de um mandado de prisão preventiva contra ele.

No dia 26 de junho, a Polícia Civil localizou o suspeito e encontrou com ele nove armas de fogo, incluindo fuzis, duas mil munições, colete balístico e vários apetrechos. Uma das armas apresentava símbolos nazistas. A delegada Suélen Breda Panizzon explicou que encontraram uma suástica de uma organização paramilitar ligada ao Partido Nazista e a Adolf Hitler.

Além de ter sido preso em flagrante por posse irregular de armas, o homem recebeu prisão preventiva pelo ataque aos policiais e foi autuado por veicular emblemas nazistas. No entanto, um dia após sua prisão, as autoridades o soltaram por engano com um alvará de liberdade provisória pelo crime de posse de armas.

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