Gato-maracajá ameaçado de extinção é resgatado em São Marcos
Animal estava bastante debilitado e passou por avaliação na clínica veterinária Focinhos e Carinhos, sendo em seguida encaminhado ao Zoológico da UCS Um gato maracajá, animal silvestre ameaçado de extinção, foi resgatado por populares no início desta semana em São Marcos, o animal foi localizado na região de Santo Henrique e estava bastante debilitado.

Animal estava bastante debilitado e passou por avaliação na clínica veterinária Focinhos e Carinhos, sendo em seguida encaminhado ao Zoológico da UCS
Um gato maracajá, animal silvestre ameaçado de extinção, foi resgatado por populares no início desta semana em São Marcos, o animal foi localizado na região de Santo Henrique e estava bastante debilitado. De acordo com informações, um grupo pretendia matar o felino que foi resgato por outro grupo e levado para atendimento.
De acordo com Francine Rasador, proprietária da clínica veterinária Focinhos e Carinhos, onde o animal recebeu os primeiros cuidados, o felino apresentava diversos ectoparasitas (carrapatos) e estava bastante magro e debilitado. “Vai ficar em tratamento no zoo da UCS por algum tempo e elas vão ver a possibilidade de devolver na natureza”, acrescenta Francine.
“Não foi possível identificar se se tratava de um macho ou uma fêmea, mas era um animal adulto. Eu, sempre tive o sonho de pegar um felino um pouco mais silvestre no colo. E acredito que ele só se deixou pegar por estar muito debilitado”, complementa Francine.
Vale salientar que ao encontrar um animal silvestre a orientação é não mexer e acionar o Corpo de Bombeiros.
Sobre o animal
Apesar de assemelhar-se muito a um filhote de onça, trata-se de um gato selvagem nativo da América Central e do Sul. O gato-maracajá (Leopardus wiedii) é um pequeno gato selvagem nativo da América Central e do Sul. De hábitos solitários e noturnos, esse mamífero vive em florestas primárias perenes e decíduas. Até a década de 1990, os gatos-maracajá eram caçados ilegalmente para serem vendidos como animais de estimação. Isso levou a uma diminuição populacional da espécie. Desde 2008, o animal foi listado como “Quase Ameaçado” na Lista Vermelha da IUCN porque a população está em declínio devido à perda de habitat por causa do desmatamento.
No Brasil, os locais onde o gato-maracajá é encontrado com maior frequência são a Amazônia e a Mata Atlântica. A população, no entanto, é pequena. Segundo estimativas, existem entre 4,7 mil e 20 mil indivíduos na natureza no país.
Eles possuem olhos bem protuberantes e grandes, as patas traseiras têm articulações especialmente flexíveis, permitindo rotação de até 180º, o que lhe dá a rara habilidade dentre os felinos de descer de uma árvore de cabeça para baixo, como os esquilos.