Fábio Valdez: “cuidados com idosos em temperaturas extremas – prevenção e bem-estar”
O calor extremo pode ser perigoso para os idosos, aumentando o risco de desidratação e exaustão. Manter a hidratação e evitar o sol nos horários mais quentes são cuidados essenciais. Saiba mais na coluna de Fábio! O envelhecimento traz consigo uma série de mudanças fisiológicas que tornam os idosos mais vulneráveis a condições climáticas extremas.

O calor extremo pode ser perigoso para os idosos, aumentando o risco de desidratação e exaustão. Manter a hidratação e evitar o sol nos horários mais quentes são cuidados essenciais. Saiba mais na coluna de Fábio!
O envelhecimento traz consigo uma série de mudanças fisiológicas que tornam os idosos mais vulneráveis a condições climáticas extremas. Durante os períodos de calor intenso, é fundamental adotar medidas preventivas para garantir a saúde e o bem-estar dessa faixa etária.
A combinação de alterações no sistema de termorregulação, doenças preexistentes e uso de medicamentos pode colocar os idosos em risco de complicações sérias, como desidratação, exaustão pelo calor e até mesmo golpes de calor.
Fisiologia do idoso e o calor
A capacidade do corpo de regular a temperatura diminui com o avanço da idade. Segundo o Instituto Nacional de Envelhecimento (NIH), os idosos possuem uma resposta mais lenta à variação de temperatura, o que dificulta a adaptação ao calor.
Além disso, os idosos costumam ter uma menor quantidade de água no corpo, o que os torna mais suscetíveis à desidratação. A Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) alerta que essa diminuição na resposta térmica aumenta o risco de um golpe de calor, uma condição potencialmente fatal que ocorre quando a temperatura corporal excede 40°C.
Riscos do calor excessivo
Estudos apontam que as altas temperaturas podem ter sérias consequências para a saúde dos idosos. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as ondas de calor mataram mais de 70.000 pessoas em 2003 na Europa.
O Brasil também é um país onde os picos de temperatura são frequentes, especialmente nas regiões Norte e Nordeste. A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) indica que o aumento da temperatura pode exacerbar problemas cardiovasculares e respiratórios, muito comuns entre os idosos. Eles também podem ser mais propensos a crises de pressão arterial e doenças pulmonares, agravadas pelas altas temperaturas.
Cuidados essenciais
✅ Hidratação constante
O monitoramento da ingestão de líquidos é fundamental. Os idosos devem ser incentivados a beber água ao longo do dia, mesmo quando não sentirem sede, já que a sensação de sede diminui com a idade.
✅ Evitar exposição ao sol
Em dias muito quentes, é recomendável que os idosos evitem atividades ao ar livre entre as 10h e 16h, quando o sol está mais forte. Caso haja necessidade de sair, o uso de chapéus, protetor solar e roupas leves e claras é essencial.
✅ Ambientes frescos e ventilados
Durante as altas temperaturas, é crucial que os idosos permaneçam em locais frescos e ventilados. O uso de ventiladores ou ar-condicionado pode proporcionar alívio, mas a temperatura ambiente não deve ser excessivamente fria para evitar o choque térmico.
✅ Alimentação leve e saudável
Durante os períodos de calor, as refeições pesadas devem ser evitadas, pois demandam mais energia para digestão. Além disso, alimentos ricos em água, como frutas e vegetais frescos, são recomendados.
✅ Monitoramento de sinais de alerta
Familiares e cuidadores devem estar atentos aos sinais de desidratação ou exaustão pelo calor, como boca seca, fraqueza, tontura, náuseas ou confusão mental. Em caso de sintomas graves, é imprescindível procurar atendimento médico imediato.
Atividade física: cuidados e benefícios
A prática de atividade física é fundamental para manter a saúde dos idosos, mas, em climas quentes, os cuidados precisam ser redobrados.
A Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) recomenda que os exercícios sejam realizados em horários mais frescos do dia, como pela manhã ou ao final da tarde, e que a intensidade seja moderada. Além disso, a hidratação deve ser mantida durante e após o exercício, e o ambiente deve ser adequado para evitar superaquecimento.
Conclusão
Manter a saúde dos idosos durante as altas temperaturas exige um esforço conjunto entre profissionais de saúde, cuidadores e familiares.
Proteger os idosos do calor excessivo não é apenas uma questão de conforto, mas de preservação da saúde. Adotar práticas simples de prevenção pode evitar complicações graves e garantir que a qualidade de vida seja preservada, mesmo nos dias mais quentes do ano.
Dados adicionais sobre os efeitos do calor no organismo dos idosos
O risco de golpe de calor em idosos
De acordo com um estudo publicado na Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia (2017), o golpe de calor é um risco significativo para os idosos devido à diminuição da eficiência do sistema de termorregulação e à maior prevalência de comorbidades.
O estudo destaca que, em climas quentes, a mortalidade devido a esse evento aumenta significativamente, especialmente entre idosos com doenças cardiovasculares e respiratórias preexistentes (SOUZA, 2017).
Desidratação e suas consequências
A desidratação é uma das principais complicações durante ondas de calor.
Uma revisão publicada no Journal of the American Geriatrics Society (2019) apontou que a desidratação em idosos é subdiagnosticada, especialmente durante períodos de calor. Isso ocorre devido à redução da sensação de sede e à dificuldade em perceber sinais precoces de desidratação (KUPFER, 2019).
Os sintomas incluem confusão mental, tontura e fraqueza muscular, aumentando o risco de quedas e outros acidentes.
Doenças cardiovasculares e calor
Estudos indicam que o calor extremo agrava condições cardiovasculares nos idosos.
Uma pesquisa publicada pela American Heart Association (2015) aponta que a combinação de calor excessivo e doenças cardíacas pode desencadear eventos como insuficiência cardíaca e infarto do miocárdio.
A relação entre calor e doenças cardíacas é particularmente relevante para populações idosas, devido à perda da capacidade do corpo de regular a temperatura interna.
Artigos e referências científicas
📌 Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia
- Artigo: Efeitos do Calor no Organismo do Idoso: Estudo Sobre a Vulnerabilidade à Exposição Térmica (SOUZA, 2017)
- Referência: Souza, L. F. (2017). Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, 20(1), 47-53. DOI:10.1590/1981-22562017020.
📌 Journal of the American Geriatrics Society
- Artigo: Hydration and Risk Factors for Dehydration in Older Adults (KUPFER, 2019)
- Referência: Kupfer, M. A. (2019). Journal of the American Geriatrics Society, 67(10), 2117-2122. DOI:10.1111/jgs.16042.
📌 American Heart Association (AHA)
- Artigo: Heat and Heart Disease: The Effects of Extreme Heat on Cardiovascular Health (AHA, 2015)
- Referência: American Heart Association. (2015). Circulation, 131(25), e671-e677. DOI:10.1161/CIRCULATIONAHA.114.014353.
Conclusão
O risco de complicações associadas ao calor extremo é uma preocupação crescente, especialmente no contexto do envelhecimento populacional.
Profissionais da saúde, cuidadores e familiares devem estar bem informados sobre os cuidados necessários para proteger a saúde dos idosos durante o calor intenso.
Medidas simples, como hidratação constante, proteção solar e monitoramento dos sinais de alerta, podem fazer uma grande diferença na prevenção de complicações graves.
Fábio Valdez – treinador
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