Estudo da UFRGS revela impacto recorde das chuvas extremas de 2024 na Serra Gaúcha e no Vale do Rio Grande do Sul
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O estudo da UFRGS utilizou imagens de satélite para mapear os impactos dos deslizamentos em cidades como Caxias do Sul e Veranópolis, onde infraestruturas, estradas e plantações foram seriamente comprometidas
Um estudo da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) detalha os impactos severos das chuvas extremas de 2024, que geraram mais de 16 mil movimentos de massa na Serra Gaúcha e nos Vales do Rio Grande do Sul. Entre abril e maio, a BaroClima Meteorologia já havia emitido alertas sobre o risco de chuvas intensas, enchentes e deslizamentos nas regiões de relevo acidentado. Sistemas de baixa pressão e fluxos de ar quente intensificaram as chuvas, causando cheias catastróficas e danos expressivos em cidades como Caxias do Sul e Veranópolis.
Usando imagens de satélite, a UFRGS mapeou as áreas mais afetadas, identificando danos em infraestruturas, estradas e plantações em função das chuvas extremas. O professor Clódis de Oliveira Andrades-Filho explicou que esse evento, com mais de 16.800 movimentos de massa, superou o de 2011 no Rio de Janeiro, que registrou 4.300 ocorrências. Entre 30 de abril e 2 de maio, as encostas dos vales sofreram especialmente com deslizamentos, fluxos de detritos e queda de blocos.
Em 25 de abril, a BaroClima reforçou os alertas, prevendo até 350 mm de chuva em algumas áreas e recomendando evacuações preventivas para comunidades ribeirinhas. O solo saturado, junto com as intensas precipitações, elevou o risco de deslizamentos e bloqueios de vias, comprometendo a segurança pública.
Com base nos resultados do estudo, a UFRGS recomenda investimentos em infraestrutura de drenagem, regulamentação de construções em áreas de risco e instalação de sistemas de alerta geológico. Especialistas enfatizam que essas medidas preventivas e planos de evacuação são fundamentais para reduzir os danos em futuros eventos climáticos extremos.