/apidata/imgcache/db746b92d4b56a00aaf7d89589a197c7.png
/apidata/imgcache/6489286f0535723f1bc933597a4c23f2.png
/apidata/imgcache/82f987f3939054a6d9fc18ca763064bf.jpeg

É preciso ter expectativas realistas: nenhuma criança obedece 100% do tempo

.

Atualizado em 31/07/2023 às 13:07, por Equipe SMO.

É preciso ter expectativas realistas: nenhuma criança obedece 100% do tempo

A psicóloga Joana Helena Siota traz algumas sugestões para melhorar o relacionamento rotineiro entre pais e filhos

Crianças não se comportam mal ou desobedecem para atacar os pais ou para zangá-los, mas se comportam assim porque não conseguem seguir as ordens dadas, ainda não sabem fazer o que os pais pediram, não entendem por que devem fazer o que foi mandado ou não prestaram atenção ao que foi solicitado. 

Os comportamentos infantis têm sempre o objetivo de alcançar algo que a criança deseja, contudo, precisamos lembrar que elas não têm a maturidade (psicológica ou cognitiva) que nós adultos temos e tampouco possuem habilidades desenvolvidas por completo para se expressar. Ainda não desenvolveram autocontrole e a capacidade para adiar gratificações. 

/apidata/imgcache/521ec81c01718c180929d2b052e93fce.png

Por exemplo, quando você manda seu filho tomar banho e ele insiste em seguir com as brincadeiras ao invés de seguir sua ordem, ele não está te desafiando, está apenas querendo continuar algo que está prazeroso e não quer parar isso para fazer algo que não lhe interessa no momento. Nós adultos já compreendemos que muitas vezes precisamos pausar coisas prazerosas e divertidas para dar conta de algum compromisso e mesmo sem vontade às vezes, assim fazemos (isso faz parte do amadurecimento). 

O objetivo de educar seu filho(a) não deve se concentrar em fazer com que ele(a) obedeça a tudo sem questionar – o questionamento é uma característica que o permitirá ser obstinado e determinado na vida adulta – mas sim ajudá-lo(a) a desenvolver julgamento adequado e autocontrole frente às situações do dia a dia.

Independente da idade, a criança precisa e merece receber uma abordagem respeitosa para que possa ser cooperativa e seguir o que foi solicitado. Como nós adultos, ela também tem mais motivação para escutar e se comportar de acordo com o que é pedido se ela for abordada com calma, gentileza e puder entender o motivo daquilo que terá que fazer.

/apidata/imgcache/c9086ef94dad4d18574aac51a8a0b2ce.png

Para isso, você é quem deve dar o passo inicial. Ao dar uma ordem ou fazer um pedido ao seu filho, procure seguir estas etapas:

1) Chame seu filho (a) pelo nome. 

    2) Estabeleça contato visual e não dê ordens à distância. 

    3) Dê a ordem de maneira clara e firme, mas sempre respeitosa (procure se colocar no lugar da criança e escutar a forma como costuma falar com ela). 

    4) Dê uma ordem por vez. Se precisar, peça que ele(a) volte a falar com você quando finalizar a primeira parte. 

    5) Ofereça explicações breves da necessidade da realização da atividade. 

    6) Peça que ele(a) repita a ordem para verificar se ela foi compreendida. 

    7) Se ele (a) realizar a ordem, reforce-o com elogios e com palavras de reforço. 

Implantando essas sugestões como uma forma de relacionamento rotineiro, tenho certeza que colherá bons resultados na interação diária com teu filho(a).

/apidata/imgcache/1bdafa2166b14962cb7735c80fd0ebfb.png

Joana Helena Siota é psicóloga Clínica (CRP 07/26158), Especialista em Terapia Cognitivo-Comportamental com formação em Psicologia Cognitivo-Comportamental Infantil e Adolescente. Também tem formação em Psicologia Escolar e em Programação Neurolinguística, além de formação em Intervenção Familiar