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E do professor, quem cuida?

O professor é o que move a escola, é quem ensina, é quem acolhe tanto crianças quanto famílias, é aquele que inspira os estudantes enfim, ele cumpre com as suas obrigações e ainda faz além.

Atualizado em 03/12/2024 às 14:12, por Equipe SMO.

E do professor, quem cuida?

O professor é o que move a escola, é quem ensina, é quem acolhe tanto crianças quanto famílias, é aquele que inspira os estudantes enfim, ele cumpre com as suas obrigações e ainda faz além. Artigo das professoras Ana Carina Gomes e Aline de Almeida Leite

Quais são os critérios que devem ser observados numa instituição educacional? Que fatores precisam ser levados em consideração? Metodologia, segurança. Infraestrutura, índices do IDEB, material didático, cuidado e dedicação com os estudantes, corpo docente e sua qualificação?

Sim todos esses são importantes e necessário serem observados e avaliados, mas tem um que pode ser que, dele dependa a maioria dos outros: o corpo docente, e não estamos falando de uma avaliação apenas como bom ou ruim, ou como desenvolve suas competências e habilidades, ou seu busca por conhecimento e atualização, ou planejamentos, mas como é “cuidado” esse corpo docente.

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Ao professor é necessária sim uma atualização constante pois tudo evolui muito rápido, sempre surgem abordagens, tendências e também porque não dizer “modinhas” pedagógicas que adentram os portões das escolas e o professor precisa estar atento e cumprir quando determinado pela rede, mesmo sem saber qual será o resultado a longo prazo e quais as implicações ao aderir a tudo isso.

Como foi citado acima, o professor é o que move a escola, é quem ensina, é quem acolhe tanto crianças quanto famílias, é aquele que inspira os estudantes enfim, ele cumpre com as suas obrigações e ainda faz além.

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Até alguns anos atrás o professor era respeitado tal qual autoridades ou celebridades,hoje virou meme e nicho para humoristas, stund ups e tiktokers, até da pra concordar que o pessoal se esforça e consegue arrancar muitas gargalhadas das platéias e internautas, e sim eles mostram a vida pedagógica realmente como ela é. Mas para nós educadores, que vivemos os fatos reais e sentimos na pele todas as situações possíveis e impossíveis, às vezes não tem muita graça,  e verdadeiramente é como diz aquele ditado popular “ tem que rir pra não chorar”.

Percebe-se que quando se aproximam os últimos meses do ano, os professores apresentam fortes sinais de ansiedade, estresse, depressão,  distúrbios de sono,  frustração, falta de motivação, e muitos profissionais acabam se afastando do trabalho para realizar tratamentos e acompanhamentos psiquiátricos.

A saúde mental desse profissional não está com a “nota” máxima e o resultado disso acaba impactando no desempenho e nos resultados que precisam ser apresentados, pois quem cuida precisa ser bem cuidado e amparado, e quem precisa fazer isso? Quem precisa cuidar do professor?

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O professor? Buscando qualidade de vida, descanso, lazer, manter-se conectado com amigos e familiares, cuidar do sono e da alimentação,evitar levar trabalho para casa, realizar atividades físicas, buscar apoio em grupos? Mas  com a sobrecarga profissional que é exigida é quase impossível se permitir um dia de descanso, e nem será citado aqui a questão financeira no que se refere ao salário do professor.

A escola (gestores)  tem um papel fundamental  em proporcionar esse bem estar ao professor, primeiro reconhecendo que se o professor está bem , tudo estará bem;        proporcionando um ambiente agradável, descontraído e acolhedor ( pois só acolhe quem é acolhido), oferecer suporte psicológico  e cuidar da saúde mental de seus profissionais,  promover ações que motivem , autonomia,respeito, diálogo, boas condições de trabalho, empatia.

E a comunidade escolar e sociedade em geral, qual seu papel nesta busca pelo bem estar do professor? Pois até então os questionamentos eram sobre “o que a sociedade espera do professor”, “como o professor pode contribuir com a sociedade”,? E assim por diante.

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 Conforme Esteve, 1999, p.144 “ O mal estar docente é uma doença social produzida pela falta de apoio da sociedade aos professores, tanto no terreno dos objetivos como no das recompensas materiais e no reconhecimento do status que lhe atribui.”

 O  professor está  gritando por socorro, com o passar dos anos estão cada vez  mais desvalorizados, as dificuldades aumentam significativamente, e aqui não é sobre dificuldades de aprendizagens dos estudantes, pois isso o professor “ tira de letra” e é especialista nisso, afinal é o trabalho do professor.

 O difícil está sendo ter que resolver situações que não são de  responsabilidade pedagógica como, crianças que ficam dois ou três dias na escola doentes, com febre, viroses e demais doenças transmissíveis que podem expor em riscos outras crianças e até os professores, e  o professor não tem uma super imunidade para defendê-lo de vírus e bactérias.

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E as crianças que chegam sem limite algum? Não respeitam, querem que prevaleça a sua vontade, sendo que, dentro da sala de aula existem outros 10, 15, 20 ou até mais crianças com as mesmas características, talvez para quem tenha que lidar com apenas uma criança não seja tão difícil de satisfazer todas as suas vontades. E tem gente que acredita que o professor ganha uma fortuna para “brincar” com crianças e ainda tem férias enormes!! Bom se fosse né!! Mas quem fala isso não sabe do quanto é investido pelo professor pra seguir e manter essa profissão tão necessária e ao mesmo tempo nada valorizada.

Quando se fala de investimento, não é apenas em valores, mas também tempo de estudos e dedicação, tempo  que precisa deixar a família um pouco de lado para finalizar algum trabalho que precisou levar para casa; paciência, e até saúde.

Quem sabe se cada um cumprir como o seu papel tudo se harmoniza, e ninguém fica sobrecarregado.

Ana Carina Gomes

Aline de Almeida Leite