Deputados votam novo piso salarial para professores estaduais no RS
.

Projeto do governador Eduardo Leite vai à votação na sessão da tarde desta terça no Parlamento gaúcho; Cpers fará ato em frente ao Palácio Piratini desde a manhã
Os deputados estaduais do Rio Grande do Sul analisam, nesta terça-feira (18), o projeto do governo estadual que propõe um reajuste de 6,27% no salário dos professores da rede pública. A votação ocorre na Assembleia Legislativa, a partir das 14h, e deve ser acompanhada por protestos organizados pelo Centro dos Professores do Estado do RS (Cpers-Sindicato), que convocou manifestações desde as 9h em frente ao Palácio Piratini.
O projeto do governador Eduardo Leite (PSDB) prevê que o aumento seja retroativo a 1º de janeiro, impactando toda a carreira do magistério estadual. Caso aprovado, o vencimento base dos docentes com jornada de 40 horas semanais no nível inicial (A1) passará a R$ 4.867,79, enquanto o valor mais alto (F6) será de R$ 8.516,17. O custo estimado da medida aos cofres públicos é de R$ 437 milhões ao ano.
Reivindicações e tentativa de mudança no projeto
Embora reconheçam a necessidade da reposição salarial, os professores defendem que o reajuste seja ampliado para aposentados sem paridade, funcionários das escolas e outros trabalhadores da rede. Entre as principais pautas do Cpers-Sindicato, estão:
🔹 Pagamento integral do piso para aposentados, com ou sem paridade;
🔹 Valorização salarial imediata para funcionários das escolas;
🔹 Pagamento do adicional de penosidade;
🔹 Realização de concurso público e nomeação de aprovados;
🔹 Melhorias no IPE Saúde, classificado como “em colapso” pela entidade;
🔹 Reestruturação das escolas estaduais.
A oposição na Assembleia Legislativa propôs uma emenda única ao texto enviado pelo governo, mantendo o percentual de 6,27%, mas garantindo que o reajuste incida também sobre a parcela de irredutibilidade e a parcela autônoma, que compõem a remuneração de parte dos educadores. Além disso, busca estender o aumento para aposentados sem paridade e funcionários da rede escolar.
Apesar da mobilização, o governo Leite mantém ampla maioria no Parlamento, o que pode dificultar a aprovação das mudanças sugeridas pela oposição.