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Corpo de Kauana será sepultado nesta quinta-feira em São Marcos

“Sempre frequentou a igreja e nunca deu trabalho”. Jovem que veio do Paraná há pouco realizando o sonho de conviver com o pai, teve a vida tirada de forma brutal Nascida na cidade de Bituruna, no Paraná, Kauana Santos; completaria 17 anos no próximo dia 10.

Atualizado em 22/12/2021 às 18:12, por Equipe SMO.

Corpo de Kauana será sepultado nesta quinta-feira em São Marcos

“Sempre frequentou a igreja e nunca deu trabalho”. Jovem que veio do Paraná há pouco realizando o sonho de conviver com o pai, teve a vida tirada de forma brutal

Nascida na cidade de Bituruna, no Paraná, Kauana Santos; completaria 17 anos no próximo dia 10. A jovem morava com a avó materna na cidade paranaense até decidir vir para São Marcos e realizar o sonho de conviver com o pai, Valdir da Fonseca, o qual conheceu há cerca de dois anos. Kauana era portadora de hemiplegia, e apresentava leve paralisia de metade do corpo, devido a uma paralisia cerebral.

Gislaine dos Santos; 32 anos, é mãe de Kauana e mora atualmente em Itajaí/SC, ela descreve a filha como uma menina muito doce e calma. “Sempre frequentou a igreja e nunca deu trabalho”, acrescenta. Apesar de morar com a avó, as duas mantinham contato frequente.

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Kauana soube da existência do pai há cerca de dois anos e desde então demonstrou interesse em morar na Serra Gaúcha para conhecê-lo melhor. Conforme Gislaine, as duas conversavam diariamente por aplicativos de mensagens e Kauana sempre disse que era muito bem tratada pela família do pai.

A jovem chegou a São Marcos em dezembro do ano passado e foi recebida pela então esposa do pai de Kauana, Raquel Macedo; 31 anos, com quem criou afinidade. As duas se tornaram grandes amigas.

“Ela veio pra cá no natal passar as férias, era a segunda vez que ela estava vendo a gente. O sonho dela era conhecer o pai e conviver um pouco com ele. Acabou que ela gostou muito de morar aqui e quis ficar. Eu gostei muito dela e falei com a vó dela lá do Paraná que autorizou ela a ficar aqui. Matriculei ela na Escola Maranhão e ela ficou morando com nós, como eu trabalho em casa a gente ficava o tempo todo juntas.

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Raquel acrescenta ainda que Kauana era uma menina alegre, que já acordava entoando os hinos da igreja, era uma menina de muita fé. “Uma menina que superou todo o problema de ter tido paralisia cerebral, nunca teve vergonha da deficiência dela”.

Kauana morou com Raquel no centro da cidade até meados de abril, quando mudou-se para a Linha Marechal Deodoro, onde vivia com a avó e o pai.

No Paraná Kauana deixa um irmão de 15 anos com que conviveu até sua vinda para São Marcos e a mãe está grávida de 3 meses. Na Serra Gaúcha, Kauana deixa mais dois irmãos, de 7 anos e 1 ano e 10 meses.

Apesar do pouco tempo em que viveu no município, Kauana fez fortes laços de amizade tanto na escola quanto na igreja, a empatia foi demonstrada através das redes sociais, tanto no período em que Kauana esteve desaparecida, quanto no dia em que seu corpo foi encontrado. A cidade pequena fez com que os são-marquenses se envolvessem ainda mais com a história trágica que envolveu seu desaparecimento e morte.

A jovem foi vítima de assassinato na última sexta-feira (26) na localidade de Linha Marechal Deodoro. Na ocasião a avó da adolescente também foi morta

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O corpo de Kauana será velado na Igreja Deus é Amor, a partir das 13h30, o sepultamento está previsto para às 15h no cemitério São Judas Tadeu. O corpo de Irene da Fonseca, avó de Kauana, não tem previsão de liberação pelo IML, conforme familiares.