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Como será o clima em setembro: vem aí um mês de extremos

Clima em setembro terá como protagonista o calor com temperaturas extremamente altas em muitos estados e potencialmente até recordes. Calor excessivo favorecerá muito fogo e fumaça com qualidade do ar ruim a péssima em diversas capitais. Setembro será um mês de extremos no Brasil, com destaque para o calor excessivo e muitos dias quentes.

Atualizado em 29/08/2024 às 15:08, por Equipe SMO.

Como será o clima em setembro: vem aí um mês de extremos

Clima em setembro terá como protagonista o calor com temperaturas extremamente altas em muitos estados e potencialmente até recordes. Calor excessivo favorecerá muito fogo e fumaça com qualidade do ar ruim a péssima em diversas capitais.

Setembro será um mês de extremos no Brasil, com destaque para o calor excessivo e muitos dias quentes. Vários estados enfrentarão temperaturas extremamente altas, o que aumentará o risco de queimadas. No Sul, sem o forte El Niño de 2023, a chuva não terá acumulados tão elevados quanto no ano passado.

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O inverno astronômico termina em 22 de setembro às 9h44, mas a primavera meteorológica começa em 1º de setembro, marcando a transição para temperaturas mais elevadas. Setembro, historicamente, é um mês de estação seca no Centro do Brasil. As médias de precipitação permanecem baixas na maior parte do Centro-Oeste e Sudeste, com muitos dias de calor intenso e extremos, especialmente no Mato Grosso, onde as máximas superam 40ºC.

No Sul, especialmente no Rio Grande do Sul, setembro costuma ter altos volumes de chuva, com históricos episódios de cheias de rios e enchentes. O folclore da enchente de São Miguel, na segunda metade do mês, é um exemplo, embora não ocorra todos os anos.

SETEMBRO COMEÇA SEM LA NIÑA

O setembro do ano passado foi marcado por enchentes catastróficas no Rio Grande do Sul. No Vale do Taquari, a maior enchente desde 1941 até aquele momento devastou a região. Porto Alegre registrou a maior cheia do Guaíba desde 1941 também até então e pela primeira vez desder 1967 o Guaíba superava a cota de 3,00 metros no Cais Mauá.

O mês de setembro em 2023 transcorreu sob a influência do fenômeno El Niño, que teve início em junho do ano passado, e naquele momento já era forte e ainda ganhava força. O cenário de setembro de 2024 é bastante diferente, sem El Niño ou La Niña atuando no Pacífico Equatorial agora no seu começo.

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CHUVA EM SETEMBRO

Em setembro, o Centro-Oeste e o Sudeste do Brasil enfrentarão precipitações escassas, com clima muito seco no Brasil Central, interior de São Paulo e Minas Gerais. A umidade baixíssima, combinada com solo seco, intensificará o calor. A primeira quinzena será especialmente seca no Centro do Brasil.

Na segunda metade do mês, o cenário de precipitação começará a mudar. A chuva retornará gradualmente ao Sudeste e Centro-Oeste entre a terceira e quarta semanas, mas de forma irregular e mal distribuída. Cidades que estão há mais de 120 dias sem chuva podem finalmente registrar precipitação.

No Sul, o Rio Grande do Sul será o estado com mais chuva em setembro. A precipitação deve ficar perto ou acima da média na maior parte do estado, embora algumas áreas possam ter chuvas abaixo da média. O cenário climático será bem diferente de setembro de 2023, sem um padrão de chuva igual ao do ano passado.

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CLIMA EM SETEMBRO MUITO QUENTE

Segundo a análise da MetSul Meteorologia, setembro de 2024 terá temperaturas acima a muito acima da média histórica em quase todo o Centro-Sul do Brasil. Os maiores desvios de precipitação ocorrerão no Centro-Oeste e em parte do Sudeste, mas o mês também será muito quente em parte do Sul, especialmente no Paraná.

Áreas mais ao Sul e o Leste do Rio Grande do Sul terão mais dias de temperatura agradável ou amena, com valores mais próximos da média histórica. No entanto, a tendência é que o mês termine com temperaturas acima da média em muitos locais da Região Sul.

A MetSul prevê poucos dias de frio em setembro no Sul do país. Embora ainda faça frio, especialmente na primeira semana do mês, quando ar frio trará noites de temperatura baixa e geada em algumas cidades, isso não será comum ao longo do mês.

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CLIMA EM SETEMBRO TEM AUMENTO DE TEMPORAIS

Setembro, como mês da primavera climática, tende a ter um aumento dos episódios de tempo severo no Sul do Brasil. O risco é principalmente agravado com incursões tardias de ar frio à medida que a presença de ar quente se torna mais comum sobre o Sul do país com o fim do inverno, embora neste ano não se preveja uma alta frequência de ar frio.

O encontro de massas de ar frio e quente gera as tempestades severas, sobretudo na chegada de frentes frias. Em anos de El Niño, como foi o caso de 2023 e não é de 2024, atmosfera mais quente, úmida e instável, com maior influência de ar tropical, favorece uma maior frequência de tempestades no Sul do Brasil.

Os temporais não necessariamente são mais intensos, mas ocorrem em maior número. Podem ocorrer os primeiros eventos de sistemas convectivos de mesoescala, aglomerados de nuvens carregadas que crescem durante a noite, uma característica da primavera, no Norte argentino e no Paraguai.

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Em 2024, o risco de temporais com granizo e raios será maior na segunda metade do mês que tende a ter um padrão de instabilidade maior no Centro-Sul do Brasil, porém não se projeta uma alta frequência de tempestades como se viu no ano passado.

Por fim, setembro é um mês com maior propensão para a formação de ciclones extratropicais no Atlântico Sul, nas latitudes médias do continente, especialmente nos litorais da Argentina e Uruguai, e às vezes na costa do Sul do Brasil, uma vez que se torna mais frequente o encontro de massas de ar quente e frio na região. Devem ser esperados alguns ciclones na costa uruguaia e argentina, um possivelmente já no começo do mês, impulsionando frentes frias para o Brasil.