Cometa que passará perto da Terra poderá ser visto no Brasil
Maior aproximação ocorrerá no próximo dia 13 Um dos cometas mais importantes a passar perto da Terra neste século estará visível com mais nitidez em outubro. Apelidado de “Cometa do Século”, ele terá sua máxima aproximação no domingo, 13. Filipe Monteiro, do Observatório Nacional (ON), informou que a distância será de 70.

Maior aproximação ocorrerá no próximo dia 13
Um dos cometas mais importantes a passar perto da Terra neste século estará visível com mais nitidez em outubro. Apelidado de “Cometa do Século”, ele terá sua máxima aproximação no domingo, 13. Filipe Monteiro, do Observatório Nacional (ON), informou que a distância será de 70.724.459 quilômetros. Seu periélio, maior aproximação ao Sol, ocorreu na sexta-feira, 27 de setembro.
Entre agosto e a última semana de setembro, o cometa esteve ofuscado pelo brilho do Sol, dificultando sua observação. Na semana de 22 de setembro, ele pôde ser visto ao amanhecer. Entre os dias 7 e 11 de outubro, o cometa se aproximará novamente do Sol. Após essa fase, ele será visível logo após o pôr do sol.
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Olho nu
De acordo com o pesquisador, ainda não é possível garantir que o cometa será visível a olho nu, pois a intensidade do brilho desses corpos celestes pode ser imprevisível. “É possível que seja necessário o uso de binóculos ou telescópios para observá-lo”, afirmou.
Observação
Para observar melhor o “Cometa do Século”, é essencial escolher um local afastado da poluição luminosa. Quem quiser acompanhá-lo deve olhar para o horizonte leste, onde o Sol nasce, por volta das 4h30 da madrugada. Monteiro explicou que será possível identificar uma mancha difusa, visível com maior clareza usando binóculos ou câmeras.
Na segunda metade de outubro, o cometa aparecerá logo após o pôr do sol, no horizonte oeste, enquanto cruza as constelações do Sextante (setembro), Serpente e Ofiúco (outubro). Todo o Brasil terá a oportunidade de ver o cometa C/2023 A3. A maior dificuldade, segundo Monteiro, será encontrar um local com o horizonte oeste livre de obstruções, já que o cometa estará baixo no céu, a até 30 graus de altura.
Nome
O C/2023 A3 (Tsuchinshan-ATLAS) recebeu o apelido de “Cometa do Século” por apresentar um brilho comparável ao do famoso cometa Hale-Bopp, que em 1997 se destacou como um dos mais brilhantes do século 20.
A letra “C” indica que o cometa é não periódico, originado na Nuvem de Oort, o que significa que ele pode passar pelo Sistema Solar apenas uma vez ou demorar milhares de anos para retornar. A designação “2023 A3” revela que ele foi o terceiro objeto desse tipo descoberto na primeira quinzena de janeiro de 2023, e o sufixo Tsuchinshan-ATLAS homenageia as instituições envolvidas na descoberta.
Filipe Monteiro explicou que os cometas, formados por poeira, rocha e gelo, são remanescentes da criação do Sistema Solar. Ele destacou que, ao se aproximarem do Sol, esses corpos celestes liberam gases e poeira, criando suas caudas brilhantes.