/apidata/imgcache/db746b92d4b56a00aaf7d89589a197c7.png
/apidata/imgcache/6489286f0535723f1bc933597a4c23f2.png
/apidata/imgcache/b57034c3e59176a09cbbea646c22583a.png

Com fantasia encontrada no lixo, catadora torna real o espírito de Natal

Ano passado, Elizete de Lima, de 34 anos, encontrou a roupa de Papai Noel que usa para distribuir donativos com ajuda da comunidade Natal é a época em que o senso de humanidade e coletividade são evidenciados e as ações de solidariedade se intensificam.

Atualizado em 27/12/2021 às 08:12, por Equipe SMO.

Com fantasia encontrada no lixo, catadora torna real o espírito de Natal

Ano passado, Elizete de Lima, de 34 anos, encontrou a roupa de Papai Noel que usa para distribuir donativos com ajuda da comunidade

Natal é a época em que o senso de humanidade e coletividade são evidenciados e as ações de solidariedade se intensificam. Uma destas ações, em específico, chamou atenção da reportagem do São Marcos Online. É a história da Elizete Alves Santos de Lima, de 34 anos, que ao lado do esposo recolhe recicláveis em São Marcos. O casal mora no bairro Industrial e desde o último Natal distribui alegria acompanhada de doces e presentes, com ajuda de voluntários que fazem as doações.

Elizete conta que começou na reciclagem há três anos, mas que no início não era de forma integral pois tinha outra fonte de renda, mas após perder o serviço por efeito da pandemia, acabou se dedicando mais a esta atividade. José de Lima, de 50 anos, ainda trabalha com chapeação além de incentivar a esposa.

/apidata/imgcache/41c488d9a57a79f3e217093acf806621.png

“Já faz uns três anos que a gente está catando reciclagem. No começo eu tinha meu serviço, eu fazia uns tambores no meu porão, na parte de chapeação, dava massa, lixava e veio a pandemia e a pessoa que me dava o trabalho não conseguiu mais vender e parou. E eu tive que que tirar o meu dinheiro, né? E aí eu comecei a ir mais pra rua catar reciclagem, várias pessoas já devem conhecer a gente, que a gente vai em todas as lixeira da avenida, não temos vergonha, graças a Deus é dali que a gente tira o nosso sustento”, relatou Elizete, que transformou uma um achado em ato de solidariedade.

Este é o segundo Natal que o casal desempenha esta ação, que começou quando Elizete encontrou uma fantasia de Papai Noel enquanto fazia a triagem das coletas de domingo. Ela conta como está sendo a campanha deste ano, que cresce com a participação da comunidade e afirma que não pensa em parar.

/apidata/imgcache/c9086ef94dad4d18574aac51a8a0b2ce.png

“Foi numa segunda-feira eu peguei e desci no porão e comecei a abrir, que a gente tem que abrir tudo que a gente traz pra separar cada um em seu devido lugar. E achei a roupa completa do Papai Noel. E aí quando eu achei a roupa eu vesti a roupa me serviu porque eu sou gordinha né! E aí ele já veio assim na minha ideia, liguei pro meu marido vestida de Papai Noel. Eu disse olha aqui amor achei uma roupa do Papai Noel esse ano nós vamos arrecadar doce pra entregar pras crianças. Então surgiu disso, na brincadeira ali do momento e a gente correu atrás, deu certo e esse ano deu melhor ainda”, revelou a catadora.

/apidata/imgcache/1bdafa2166b14962cb7735c80fd0ebfb.png

Nesse ano eles passaram em mais de quarenta estabelecimentos e se dizem satisfeitos com a receptividade da comunidade. “Até então o nosso foco era doce, pra poder passar em todos os bairros e entregar para as crianças. Mas aí foram surgindo pessoas doando brinquedo e graças a Deus estão ajudando bastante”.

Acho que foi Deus que colocou a roupinha pra mim ter achado porque eu e meu esposo, nós gostamos de de ajudar o próximo, se dedicar ao próximo e então eu acho que foi Deus que colocou nas nossas mãos essa e sabia que a gente ia fazer bom uso e realmente a gente deseja só continuar. Ano passado foi bom, esse ano foi melhor e o ano que vem eu tenho certeza que vai ser melhor ainda”, finalizou Elizete em tom de gratidão aos que ajudaram de alguma maneira.

/apidata/imgcache/1fd4dd12a135f2a49158fe1f91cb23cf.png

Durante a semana eles vem passando pelos bairros de São Marcos e também no interior, mas o trabalho segue mais intenso nesta sexta (24), véspera de Natal. Essa é uma das histórias que a gente gosta de contar nesta época. Mais uma ação solidária que ameniza os problemas dos mais carentes.