Barragem 14 de Julho rompe parcialmente, alertando autoridades e população
Orientação é para evacuação das populações às margens do Rio das Antas na região de Bento Gonçalves e Cotiporã Na tarde desta quinta-feira (2), o Rio Grande do Sul foi sacudido por mais um episódio preocupante relacionado aos temporais que têm assolado o estado nos últimos dias.

Orientação é para evacuação das populações às margens do Rio das Antas na região de Bento Gonçalves e Cotiporã
Na tarde desta quinta-feira (2), o Rio Grande do Sul foi sacudido por mais um episódio preocupante relacionado aos temporais que têm assolado o estado nos últimos dias. Órgãos oficiais de governo informaram o rompimento parcial da barragem 14 de Julho, situada entre Cotiporã e Bento Gonçalves, na região da Serra.
O rompimento, embora parcial, desperta um alerta considerável, pois pode resultar no curso livre do Rio Taquari. “Nós recebemos, há pouco tempo, a informação do rompimento da ombreira direita da barragem 14 de Julho. O efeito não vai ser de uma devastação, enxurrada, mas vai ter o curso livre do Rio Taquari”, afirmou Leite.
A Companhia Energética Rio das Antas (Ceran), responsável pela barragem, emitiu uma nota esclarecendo que o incidente se deu devido ao aumento contínuo da vazão do Rio das Antas e às fortes chuvas que têm castigado o estado. A Defesa Civil foi prontamente comunicada.
A preocupação com a segurança da população já vinha sendo manifestada pelo governador Leite, que em uma entrevista coletiva na quarta-feira anterior já havia alertado para a possibilidade de colapso da estrutura. “Caso continuem as chuvas, nós podemos ter um risco real de rompimento dessa barragem”, destacou na ocasião.
Diante desse cenário de risco iminente, o governo do Rio Grande do Sul emitiu orientações claras para os moradores de municípios próximos, como São Valentim, Santa Bárbara, Santa Teresa e Muçum, recomendando que busquem abrigo em áreas mais elevadas e seguras.
Os impactos dos temporais que têm assolado o estado são alarmantes. Até o momento, vinte e quatro pessoas perderam suas vidas, com treze óbitos registrados pela Defesa Civil e mais onze confirmados pelos Corpos de Bombeiros e pela Brigada Militar. Além disso, vinte e uma pessoas seguem desaparecidas.
As consequências dos temporais não se limitam apenas às perdas humanas. Cento e quarenta e sete cidades enfrentam diversos transtornos, como inundações, quedas de barreiras e deslizamentos de terra, com destaque para as regiões Central, dos Vales, Serra e Metropolitana de Porto Alegre.
A Ceran, por sua vez, reforçou seu compromisso com a segurança da população ao colocar em prática seu Plano de Ação de Emergência, em coordenação com as Defesas Civis locais, incluindo o acionamento de sirenes de evacuação da área afetada.
As barragens de Monte Claro e Castro Alves, sob responsabilidade da Ceran, estão sendo monitoradas de perto, encontrando-se em estado de atenção.
Diante da gravidade da situação, a empresa solicita que a população se mantenha informada por meio de seus canais oficiais de comunicação, enfatizando o cuidado e a precaução como prioridades neste momento de crise.