Área técnica de Minas e Energia não vê necessidade de retomar o horário de verão
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De acordo com a pasta, a situação dos reservatórios hidrelétricos e a oferta de fontes renováveis são suficientes para garantir o fornecimento de energia
O Ministério de Minas e Energia divulgou nesta semana uma análise técnica que concluiu pela não retomada do horário de verão em 2023, medida que havia sido suspensa em 2019, na gestão do então presidente Jair Bolsonaro.
O período em que os relógios eram tradicionalmente adiantados em um hora, e continuavam assim até o mês de fevereiro do ano seguinte, começava em setembro.
O ministério assegurou que o apagão nacional, que atingiu 25 estados e o Distrito Federal em agosto, não foi ocasionado por falta de abastecimento. O MME também avalia que o comportamento de consumo de energia pelos brasileiros mudou, o que tornaria o horário de verão menos eficaz.
Esta decisão se baseou em diversos fatores que demonstram a força do sistema energético nacional. A área técnica do Ministério de Minas e Energia avalia não ser necessário retomar em 2023 o horário de verão.
Segundo o Operador Nacional do Setor Elétrico (ONS), o órgão responsável pela coordenação e controle da operação das instalações de geração e transmissão de energia elétrica no Sistema Interligado Nacional (SIN), os níveis dos reservatórios das hidrelétricas devem chegar ao fim deste mês acima de 70% no Sudeste, Centro-Oeste, Nordeste e Norte.
A decisão de implantar o horário de verão fica a cargo do presidente Lula.