Gilberto Blume: Abril laranja, mês para marcar uma experiência animal
Todos sabemos, os meses do ano têm sido dedicados para conscientizar a humanidade a respeito de causas universais relevantes. Também sabemos que as campanhas ganharam cores a fim de marcar mais fortemente os pleitos Alguns exemplos.

Todos sabemos, os meses do ano têm sido dedicados para conscientizar a humanidade a respeito de causas universais relevantes. Também sabemos que as campanhas ganharam cores a fim de marcar mais fortemente os pleitos
Alguns exemplos.
Agosto lilás: conscientização sobre a violência contra a mulher;
Setembro amarelo: conscientização sobre a prevenção ao suicídio;
Outubro rosa: conscientização sobre o câncer de mama;
Novembro azul: conscientização sobre o câncer de próstata.
Vai por aí, todos os meses levam uma bandeira de conscientização, sempre dedicadas a questões humanas.
Abril tem três bandeiras, duas reconhecidas oficialmente:
Abril verde: conscientização sobre a segurança no trabalho;
Abril Azul: conscientização sobre o autismo.
A terceira bandeira de abril é laranja. O abril laranja não versa diretamente sobre o ser humano, mas sobre os bichos. Talvez por isso ainda engatinhe para ganhar holofotes.
O abril laranja porta a bandeira da conscientização dos humanos para a crueldade contra os animais.
Me ocorreu abordar aqui o ainda pouco conhecido abril laranja quando, dias atrás, um amigo adotou um cachorro abandonado. O cãozinho fora resgatado numa valeta no interior e estava temporariamente sob cuidados de uma integrante da Sopran (a Sopran, saibam, deveria merecer todo o respeito e reconhecimento de São Marcos, mas esse é assunto para outra crônica).
Pois bem, esse amigo trouxe o cachorro para casa e hoje todos vivem felizes, homem e cão.
A Sopran, de novo, está de parabéns por ter se responsabilizado por um bichinho abandonado até aparecer um humano a fim de resgatá-lo da crueldade a que fora exposto.
O abril laranja vem a calhar para fazer emergir assunto umbilicalmente relacionado, a consciência animal.
Senciência é a capacidade que os animais têm de sentir o mundo que os cerca. É a capacidade que têm de sentir emoções e sensações como medo, alegria, tristeza, sofrimento – tudo muito parecido com o que nós experimentamos, né?!
Em quatro anos, adotei aqui em São Marcos duas cachorras que sofriam crueldades. Primeiro veio a Vida, em 2021. Em 2023 chegou a Nina. As duas haviam sido resgatadas pela… Sopran.
Ambas estavam abandonadas, mais que visivelmente tristes, assustadas, medrosas, doentes, subnutridas.
Hoje, cá em casa, vivemos todos felizes em mais um abril laranja.

blumepequenaspaisagens@gmail.com
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